Coronavírus já fez 6.077 vítimas fatais na Itália, mas a morte de dom Giuseppe Berardelli em Lovere, na Lombardia, comoveu o pais. "Ele é um 'Mártir da Caridade', um santo como São Maximiliano Kolbe, em Auschwitz".
Das mais de 6 mil mortes já registradas na Itália desde que a pandemia atingiu o país, ao menos uma delas comoveu todo o país bela nobreza e altruísmo do gesto do padre dom Giuseppe Berardelli, de 72 anos, que morreu no último dia 15 ao recusar um respirador comprado para ele, cedendo a máquina para ser usada por pessoas mais jovens.
Berardelli teria adquirido a Covid-19 e recebeu dos paroquianos um respirador. Porém, o padre recusou a oferta e a repassou para que pudesse ser usada por um paciente que não é parte do grupo de risco, de pessoas com mais de 60 anos.
Segundo o jornal Público, citando a revista Newsweek, Berardelli era uma figura querida na região de Lovere, comunidade italiana da região da Lombardia, província de Bérgamo, a mais atingida pelo coronavírus no país.
“Ele é um ‘Mártir da Caridade’, um santo como São Maximiliano Kolbe, que em Auschwitz [campo de concentração nazi durante a II Grande Guerra] se ofereceu para tomar o lugar de um homem condenado que tinha família, morrendo em vez dele”, escreveu num tuíte o padre jesuíta James Martin.
País com o maior número de vítimas da Covid-19, a Itália divulgou nesta segunda-feira que 6.077 pessoas morreram da doença no país até o momento. No total, mais de 63 mil casos são contabilizados pela Defesa Civil. Porém, Angelo Borrelli, chefe do órgão admitiu, que o número de pessoas contaminadas no país pode ser até 10 vezes maior.
“A relação de um doente certificado para cada 10 não censeados é verossímil”, admitiu Borrelli ao jornal La Republica.
Fonte: Revista Fórum
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