CONTRA O EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE NEGRA
Iago Montalvão, estudante de direito na UFG e
diretor da UNE, leu uma carta enviada pela esposa e pelos filhos de Ruy. O
colega de militância e ex-presidente da UNE Javier Alfaya discursou em memória
do amigo.
O baiano Ruy Cézar, ex-presidente da UNE morto em
2013, foi o grande homenageado do ato. Ruy foi o responsável pela condução do
Congresso de reconstrução da entidade em 1979, em Salvador.
“A UNE
fez exatamente o que nós da CNV gostaríamos: dar continuidade às investigações
e avançar. A legitimidade que a UNE tem deve ser colocada a serviço dessa
missão que o Brasil tem com seu passado, da reconciliação que nossa sociedade
precisa”, afirmou Dallari.José Carlos, da Comissão de Anistia, defendeu a
reabertura de processos como forma de fomentar a justiça no presente. “É
preciso um novo debate sobre a responsabilização dos torturadores, um novo
conceito de anistia para finalmente punir os torturadores”, afirmou.
O coordenador da Comissão Nacional da Verdade,
Pedro Dallari, participou do ato e congratulou a UNE pela iniciativa.
Ato no
54º Conune e publicação prestam homenagem aos estudantes que resistiram à
ditadura militarA memória
dos estudantes brasileiros que resistiram e tombaram em defesa da democracia
durante o regime militar (1964-1985) foi lembrada nesta sexta-feira (5) no ato
de lançamento do relatório final da Comissão Nacional da Verdade da UNE.Balões
com os rostos de Honestino Guimarães e Helenira Rezende, militantes estudantis
que desapareceram pelas mãos da ditadura, compuseram o cenário do teatro de
arena montado na Praça Universitária, em Goiânia. A comissão da UNE
sistematizou as principais informações disponíveis sobre as mortes dos dois
líderes – e de outros 83 estudantes.“A UNE somos nós, nossa força, nossa
história e nossa voz”, bradou a coordenadora da comissão, Raisa Marques,
ressaltando a história ao brado da entidade.
RUY CÉZAR,
PRESENTE
O ato organizou ainda uma
performance contra o extermínio da juventude negra das periferias — um legado
da ditadura, como apontou a presidenta da UNE, Vic Barros. “A truculência e a
violência da nossa polícia é a mesma d a ditadura: uma herança maldita daqueles
tempos que nós temos a missão de combater. Relembrar a ditadura significa
fortalecer a luta de hoje. Para que não se esqueça, para que nunca mais
aconteça”, disse Vic.
Fonte> UNE
Nenhum comentário:
Postar um comentário