Ministro entendeu que, conforme jurispridência do STJ, a gravidade do modus operandi dos investigados justifica a prisão cautelar.
Em depoimento de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef disse que o investigado arrecadava propina para o PMDB.
Por André Richter - Agência Brasil
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, negou hoje (26) pedido de liberdade da defesa do empresário Fernando Soares, conhecido com Fernando Baiano, e outros dois presos ligados à empreiteira OAS. Além de não encontrar ilegalidade na decretação das prisões, o ministro entendeu que, conforme jurispridência do STJ, a gravidade do modus operandi dos investigados justifica a prisão cautelar.
Todos foram presos na Operação Lava Jato e estão na Superintendência da PF em Curitiba. Além do empresário, o presidente negou liberdade a José Aldelmário Filho, presidente da OAS, e Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da empreiteira.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a OAS e outras empresas investigadas na Operação Lava Jato participavam de um “clube” para acertar quem venceria licitações com a Petrobras. Seis pessoas ligadas a OAS já se tornaram réus em ações penais na Justiça Federal em Curitiba.
Fernando Baiano é acusado de cobrar propina para intermediar a compra de equipamentos para a Petrobras. No entanto, seus advogados negam as acusações de negócios ilícitos com a estatal. Segundo o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações, há provas que Soares recebeu "valores milionários em contas no exterior".
Soares também nega ter relações com o PMDB. Em depoimento de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef disse que o investigado arrecadava propina para o PMDB, por meio de contratos com a Petrobras.
Fonte: Nominuto.com
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