Desenho - Urtigal/NOVA CRUZ/RN
Tradicional Escola Pública de Nova Cruz - E. E. Alberto Maranhão - Antes
Tradicional Escola Pública de Nova Cruz - E. E. Alberto Maranhão - Hoje
Bandeira de Nova Cruz
Vista parcial da cidade de Nova Cruz
Fórum - 12ª Zona Eleitoral (Nova Cruz-SEDE; Lagoa D'anta; Passa e Fica e Montanhas)
Cemitério Público Municipal de Nova Cruz/RN
Igreja de São Sebastião - Bairro São Sebastião
Tradicional CNSC - Colégio Nossa Senhora do Carmo
Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição - Padroeira da Cidade
Convite - 95 anos de Nova Cruz/RN
UERN - Universidade Estadual do Rio Grande do Norte - Núcleo - Direito e Ciência da Computação
Campus da UFRN - Ensino a Distância
Prefeitura de Nova Cruz/RN
MP/RN - Ministério Público Estadual
Casa da Cultura Popular "Lauro Arruda Câmara
A cidade de Nova Cruz completou 95 anos
de emancipação política, neste dia 03 de dezembro e estamos colocando esta
matéria com alguns fatos sociais e políticos de nossa cidade, nesta semana de
“comemorações”.
A origem de Nova Cruz:
O primeiro nome foi Urtigal por motivo
de a região ter a existência de urtigas por toda parte.
Uma propriedade rural agropecuária
situada ás margens do rio Aririmatau, surgiu como Anta Esfolada, pela tradição,
diz a história que havia um animal feroz, uma ANTA, que diziam possuir o
espírito maligno e era um mal augoro a quem conseguisse apanhá-la em dias de
azar. Pois um caçador prendeu a Anta em uma armadilha, em uma sexta-feira e
resolveu, para tirar-lhe o feitiço, esfolá-la viva. Em que no primeiro corte, a
Anta deu um salto e escapou, deixando o couro na mão do caçador e embrenhou-se,
esfolada, pela mata, adquirindo a fama de animal feroz.
Um missionário e exorcista, o Frei
Serafim de Catânia, pediu alguns galhos de Inharé, advindos de Santa Cruz, que
fincou no ponto mais alto, onde costumeiramente passava o animal e assim,
ninguém mais viu a Anta Esfolada e o povoado passou a denominação de Nova Cruz.
Isso por que se colocava cruz com galhos comuns, até que se colocou com galhos
de Inharé e ficou uma Nova Cruz.
Nova Cruz pertenceu, quando Anta
Esfolada, A Vila Flor, Goianinha e Serra de São Bento. Nessas dependências
existiam os fatores religiosos e administrativos.
As primeiras décadas:
O município foi criado em 15 de março de
1852, lei nº 245, já a emancipação é de 03 de dezembro de 1919, lei nº 470. A
bandeira do município é de 02 de dezembro de 1855.
O criador do projeto de emancipação
política de Nova Cruz foi o Deputado Estadual Francisco Bruno Pereira.
Nova cruz foi povoado aos poucos e de
forma muito dispersa e com mais densidade, ás margens do Rio Curimatau.
Os pioneiros na política
Os pioneiros na política nova-cruzense,
foram justamente os primeiros prefeitos intendente e os nomeados:
PREFEITOS INTENDENTES:
Odilon Amâncio Ramalho (1919 á 1923),
Nestor Marinho (1924 á 1926).
Tanto Odilon Amâncio como Nestor Marinho
deram os primeiros passos na administração de um novo município. Não tenho
dados sobre alguma homenagem a Odilon Amâncio, mais Nestor Marinho fez uma
grande administração, a ponto de ter sido homenageado com nome em rua e em
escola importante de Nova Cruz.
PREFEITOS NOMEADOS:
Mário Manso (1927 á 1929), Antônio
Arruda Câmara (1930 á 1934), Mário Gadelha Simas (1935 á 1937), Mário Manso –
2ª vez (1938 á 1941), Major Severino Elias (1942 á 1944), Antônio Arruda Câmara
– 2ª vez (1945 á 1947).
Mário manso foi prefeito por duas vezes,
tendo uma certa dificuldade em sua primeira administração mais fez uma
administração excelente em sua segunda vez, tendo Nova Cruz começado a ter seus
primeiros empreendimentos.
Antônio Arruda Câmara também por duas
vezes prefeito fez uma administração voltada para o início das construções em
Nova Cruz. As principais foram:
Construiu o prédio da prefeitura, o
cemitério, o reservatório de água, o açougue público, o cacimbão, o açude recreio,
diversos reservatórios de água na zona rural.
A grande homenagem ao principal nome da
política de Nova Cruz no início de tudo sobre administrar, o Sr Antônio Arruda
Câmara, foi ter o prédio da prefeitura reformado e ampliado com mais um piso ou
andar, na administração Targino Pereira Neto (1989 á 1992), até então
adversário da família Arruda Câmara, e ter denominado PALÁCIO ANTONIO ARRUDA
CÃMARA com homenagem em placa simbólica no patamar do prédio e no hall de
entrada da prefeitura.
PREFEITOS ELEITOS:
Lauro Arruda Câmara, primeiro prefeito
eleito (1948 á 1950), Adauto de Carvalho (1950 á 1952), Ormildo Matos (1953 á
1957), Joanita Arruda Câmara, primeira mulher eleita (1958 à 1962).
Lauro Arruda eleito prefeito administrou
por dois anos e depois foi eleito Deputado Estadual com a maior votação do
Estado.
Ornildo Matos teve como marca em sua
administração, o setor de saúde, em que o mesmo era médico e não deixou de
atuar em sua área.
Joanita Arruda Câmara, prefeita eleita
pelo antigo PSD ficou conhecido como “Mãe dos pobres” ou “Mãe gorda”, tinha uma
marca forte de administrar Nova Cruz, tendo como bandeira a luta pelo social
pelos mais pobres. Uma dignidade de pessoa e muito religiosa.
A economia:
Desde a origem da emancipação política
de nosso município que a economia se estruturava com a agricultura e a
pecuária, esses dois seguimentos por muito tempo eram os carros-chefes de nossa
economia. Com o êxodo rural, na década de 70 e conseqüente inchaço das zonas
urbanas, criando-se as periferias das cidades, a agricultura e a pecuária foram
ficando em segundo plano e em Nova Cruz não seria diferente. O município viveu
também os tempos das Usinas de óleo e de algodão. Os Curtumes de Otaviano
Pessoa, Adauto de Carvalho, José Alves da Costa e de Joanita Arruda Câmara;
existiam as fábricas de bebidas de José Veríssimo, a de José André Dias e a de
Paulo Bezerra que produziam vinagre, aguardente, zinebra, vinho de caju e de
jurubeba; fabricas de redes; mais de 30 sapatarias que fabricavam e vendiam
para todo o agreste potiguar e para a Paraíba e Pernambuco; alfaiatarias, pelo
menos 4 conhecidas; a de Santino, a de Zacarias, a de Oscar e a de NôFefa.
Nova Cruz já teve agencias bancárias do
Itaú, Bradesco, Bandern (faliu) e Apern (extinta).
A REALIDADE DA ECONOMIA DE HOJE:
Hoje a economia vive basicamente do
comércio de diversos seguimentos, do funcionalismo público estadual, municipal
e federal; fabrica da alpargatas, pequena fábrica de bolsa e mochila no bairro
São Judas Tadeu, fábrica de bonés, serralharias, serrarias; a feira livre
continua sendo a maior da Região Agreste onde agrega grande parte do comércio
informal.
Contamos com duas agencias bancarias:
Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal
O esporte – União x São Sebastião:
O esporte novacruzense teve anos de
destaque no futebol da Seleção de Nova Cruz da década de 40 e 60, na rivalidade
dos dois principais clubes de futebol, o União e o São Sebastião, nas décadas
de 50 até os anos 80. Atletas como; Pilóia, Rocino, Antônio Contente, Zé
Lequinha, Feitiço, Brejeiro e dos anos 60 como: Luiz Pereira, Pompila, Gato
Ciço, Antonio, Bebé, Luizão, Carneirinho, Ciço Genuíno, Arimatéia, Neto da praça
Canarinho, Zé Cunha, Chicão, Pernambuco, Paulo Araruna, Tiro Pêlo, Ciço de
Julia, entre outros tantos que marcaram o futebol de nossa terra. No momento
atual não há grandes destaques em nosso município e na verdade as equipes
passam por grandes dificuldades. Agora além de São Sebastião e do União que
estava desativado, temos equipes como o Frei Damião, o Palmeiras, o Cidade do
Sol, as equipes do Alto de Santa Luzia: o Flamengo, o Esperança e o América,
todas sem nenhum incentivo por parte do poder público, em participar de
competições. Apenas o São Sebastião e a equipe Cidade do Sol estão participando
de uma competição regional, mais sem nenhum apoio do poder público.
OUTROS ESPORTES:
Destacar os esportes escolares. Nova
Cruz desde 2003 na administração do ex-prefeito Cid Arruda sedia os jogos
escolares do Rio Grande do Norte “JERN´S”.Na época Cid Arruda prefeito, teve
que estruturar todo o complexo poliesportivo e reforma do Ginásio Geovana
Targino, para garantir a Regional de Nova Cruz.
AS FESTAS TRADICIONAIS;
AS FAMÍLIAS TRADICIONAIS (PERSONAGENS QUE
FIZERAM A HISTÓRIA DE NOVA CRUZ);
A POLÍTICA DOS ANOS 60, 70 e 80.
As festividades dos padroeiros – Nossa
Senhora da Conceição, São Sebastião, Santa Luzia:
A festa de nossa Padroeira havia ganho
um impulso muito grande na administração de Cid Arruda, que procurava trabalhar
em conjunto com os que organizavam a quermesse, dando toda estrutura possível e
não banalizando a parte profana, em não trazer bandas de forró que denegrissem
a imagem da festa e afastassem as famílias da quermesse.
Estamos vivenciando exatamente o período
da festa da Padroeira da Cidade, Nossa Senhora da Conceição. A quermesse
acontece do dia 30 de novembro ao dia 08 de dezembro, data da Padroeira de
Nossa Cidade. A paróquia disponibiliza barracas, diversas tendas. Já as festa
de Santa Luzia que é dias 12 e 13 de dezembro é de certa forma mais tranqüila e
menos politizada.
Já a próxima festa do Padroeiro do
Bairro mais populoso e famoso de Nova Cruz, a festa de São Sebastião promete
muito para o ano de 2015.
As famílias tradicionais:
No livro ‘NOVA CRUZ’ ”retrato de uma
história” do Professor Pedro Marinho da
Silva o “Professor Pedrinho”, que nesse período é recomendável a sua leitura,
há um Capítulo em especial que me chama muito a atenção, que é o que trata de“PERSONAGENS QUE FIZERAM A HISTÓRIA DE NOVA CRUZ”. Particularmente se eu pudesse e tivesse o Professor Pedrinho que
reeditar o livro eu incluiria o nome do meu Pai, o Dr. José Cunha Lima,
Advogado, formado pela UFPB, contemporâneo de juristas como Dr. Targino e que
escolheu Nova Cruz para colocar sua humilde Banca de Advocacia Geral e tenha
sido o pioneiro em instalar em 1980 um Escritório de Advogado na cidade de Nova
Cruz, juntamente com o saudoso Josalboas Martins Arruda um colega seu e que
faleceu poucos anos depois em que montaram o escritório na tradicional Rua 13
de maio. Eram chamados de Advogados da 13. Não se tem registro na história de
Nova Cruz de escritórios de advocacia, antes do Escritório de Dr. José Cunha
Lima. Hoje com 78 anos de idade e não trabalhando mais o Sr, José Cunha Lima
ainda tem Escritório que fica na Rua Dr. Pedro Velho, vizinho a tradicional
mercearia do Sr. Luiz Roque. Também hoje há diversos Escritórios de Advocacia
espalhados por toda Nova Cruz e a título de registro, o segundo a instalar
Escritório de Advocacia em Nova Cruz foi o Dr. José Morais Neto, hoje
Procurador Municipal.
“PERSONAGENS QUE FIZERAM A HISTÓRIA DE
NOVA CRUZ” E QUE “GOSTAM DE NOVA CRUZ”
Entre tantos novacruzenses citados no
livro do Professor Pedrinho citar alguns deles que se dedicaram a engrandecer o
Nome de Nova Cruz por toda parte por onde estivessem.
Até hoje existe uma parcela de pessoas
de Nova Cruz que residem em Natal e que por motivo de trabalho ou outras
situações, se reúnem em uma tradicional missa feita para os novacruzenses
radicados na Capital.
Personagens que nos primeiros dias de
nossa cidade, formaram a sociedade que gostava e gosta de nossa terra e
formaram Médicos, Advogados, Engenheiros, Comerciantes, Autônimos, Atletas
Profissionais, Grandes Políticos, Religiosos, Professores enfim grandes homens
e mulheres construtores de Nova Cruz.
Aério Nicolau da Costa:
Monsenhor Pedro Moura, cuja homenagem pelos seus relevantes serviços prestados aos novacruzenses o Hospital Municipal hoje leva o seu nome.
Antônio Arruda Câmara: foi o primeiro
grande construtor da obra novacruzense. Não só construtor de obras físicas,
como é o prédio da prefeitura, mais construtor de uma família que se dedicou e
se dedica por Nova Cruz até hoje;
Alfredo Santana: formou a tradicional
família de pessoas que gostam de Nova Cruz. Pai de Higino Nicolau de Santana
que foi vereador estimado em nossa cidade;
Adauto de Carvalho: um dos primeiros e
brilhante político de nossa cidade, ligado a Antônio e Lauro Arruda até uma
abertura política de época e passar ás fileiras da UDN.
Aristides Porpino da Silva: paraibano
que chega a Nova Cruz na década de 40 e forma uma grande família. Já falecido,
mais a casa onde morou, na rua 7 de setembro ainda reside Dona Iracema, uma Sra
com uma lucidez de dá inveja a muito jovem.
Arcelina Fernandes de Souza: Professora,
Diretora do Alberto Maranhão, formou gerações de novacruzenses. Hoje dá nome a
Biblioteca do Rosa Pignataro.
Celso Lisboa: fundador do União Sport
Clube, o que mais gostava de fazer era se dedicar ao futebol de nossa terra.
Diógenes da Cunha Lima: um poeta e
escritor, homem sábio e formou uma família bem sucedida e que muito faz por sua
terra. Os filhos Arian, Gilma, Marcelo, Daladier, Olindina e Diógenes Filho.
Diógenes foi praticamente o criador da festa de Santa Luzia no bairro do mesmo
nome. Diógense foi também Promotor de Justiça em Nossa Cidade. Teve dois dos
filhos como Reitor da UFRN, Daladier e Diógenes que tem um dos escritórios de
Advocacia mais respeitado do Estado. Arian foi Prefeito em Passa e Fica; Dona
Gilmar preta relevantes serviços sociais a sociedade novacruzense; Marcelo,
agropecuarista e atualmente é Vereador do Nosso Município.
OUTROS NOMES QUE GOSTARAM, GOSTAM E
FIZERAM POR NOVA CRUZ
Sr.
Edgar Viana;
Sr.
Fenelon de Oliveira
Sr.
Gilberto Tinoco;
Sr.
José Luiz Moreira;
Sr.
José Maurício Barreto (Zé dos Passos);
Sr.
José Alexandrino da Silva (Zé do Café);
Sr. Francisco Bezerra Souto: formador de
uma família admirável. Proprietário da “CASA FRANCISQUINHO BEZERRA” um comércio
que hoje não existe mais, é hoje uma sobrado fechado na rua Dr. Pedro Velho,
esquina com Cel. Anísio de Carvalho. Os filhos Adriano, Violante, Ana Maria, Valéria
(professora de muita gente aqui em Nova Cruz, me incluo), Dr. Bernardo, médico
em Natal.
Sr.
José Bezerra dos Anjos (sei Zezito);
Sr.
Luiz Pereira;
Sr.
Mário Manso:
Dona
Dalva Manso; filha de Mário Manso;
Maria
Irene de Albuquerque (irmã Irene);
Professora
Maria Francelina de Souza;
Sr.
Otaviano Pessoa;
Sr.
Odilon Amâncio Ramalho;
Dona
Joanita Torres Arruda Câmara;
Lauro
Arruda Câmara;
Djalma
Marinho;
José
Peixoto Mariano;
Targino
Pereira da Costa Neto;
Cid Arruda Câmara.
Evidentemente, existem muitos outros
nomes de pessoas que fizeram parte da história de Nova Cruz.
A política dos anos 60, 70 e 80:
PREFEITOS DE 1962 Á 1988
José Peixoto Mariano (1963 á 1967),
Severino Augusto de Morais (1968 á 1972), José Peixoto Mariano (1973 á 1977),
Luiz Moreira Neto (1978 á 1982), José Peixoto Mariano (1983 á 1988).
Os anos 60 foram marcados pelo fim das
disputas entre UDN e PSD, dando abertura a outras como as entre PDC e o MDB
(dissidência do PSD), começava a se destacar o jovem José Peixoto Mariano e a
fazer seus sucessores na prefeitura, contando com um aliado muito forte na
época que era os tempos da ditadura militar e dos governadores biônicos
(governadores que não eram eleitos pelo voto direto). José Peixoto elegeu-se
por três vezes, fazendo sucessores como Severino Augusto e Luiz Moreira Neto.
As disputas neste período se
centralizavam entre candidatos da ARENA (Aliança Renovadora Nacional), que
defendia a Ditadura Militar e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Desses
partidos surgiram o PDS – Partido Democrático Social (antiga Arena) e MDB virou
PMDB – Partido do Movimento Democrático Social.
Em 1968, Severino Augusto de Morais
(ARENA) foi eleito Prefeito, tendo José de Arimatéia como vice-prefeito que em
1972 rompe com o grupo de José Peixoto para ser o candidato a Prefeito pelo
MDB, contra o candidato da Arena, que era novamente José Peixoto Mariano. José
de Arimatéia perde a eleição para José Peixoto que vai para seu segundo
mandato.
Em 1978 Peixoto faz seu sucessor. É
eleito Luiz Moreira Neto (ARENA), Luizinho como era conhecido, tendo o Sr.
Antonio Matias da Costa como vice-prefeito. Luizinho havia derrotado o Sr. João
Agripino (MDB) e Geraldo Guerra como vice-prefeito
Os anos 80 começavam as reformas
partidárias, mesmo que devagar, surgem novos partidos, dissidências novamente.
Surge: o PT, a reafirmação de PCB, a ARENA passa a ser PDS e o MDB passa a ser
PMDB. Para 1982 surge a candidatura, novamente de José Peixoto Mariano pelo PDS
1, tendo Anselmo Augusto como vice. E um novo nome na política de Nova Cruz, o
Dr. Targino Pereira da Costa Neto, promotor de justiça, tinha sido prefeito em
duas cidades no vizinho Estado da Paraíba, em Araruna e Tacima, na década de 70
e nos tempos atuais, mais duas vezes em Campo de Santana, antiga Tacima (2008 á
cumprir até 2012), como candidato do PDS 2, TENDO João Agripino como vice (na
época podia se ter duas candidaturas pelo mesmo partido).
A oposição no caso o PMDB 1 tinham
Geraldo Gerra e PMDB 2 Rivaldo Garcia. José Peixoto Mariano é eleito pela
terceira vez, tempos depois Targino Pereira se filia ao PMBD.
O INUSITADO:
As siglas PDS 1 levava o nº 15 e PDS 2
levava o nº 16. Já o PMDB 1 era 55 e o PMDB 2 era 56
As administrações deste período não
passavam por fiscalizações e não existiam leis que regulamentassem a eficácia
na aplicação de recursos. Com relação ás eleições, até hoje se comenta como era
o sistema de votação, na base da cédula eleitoral e em títulos eleitorais com
facilidade de cometer irregularidades como “defunto votar”, etc.
Estes prefeitos entre 1962 e 1988
tiveram sua importância na administração de Nova Cruz, mesmo porque qualquer
prática administrativa era praxe da época em todo o Brasil.
Fim dos anos 80 e a política a partir
dos anos 90 até hoje:
Targino Pereira da costa Neto (1989 á
1992),Vandi Ernesto de Andrade (1993 á 1996), Germana Azevedo Targino, segunda
mulher eleita (1997 á 2000). Pela nova lei eleitoral Germana tinha direito a se
candidatar a reeleição mais preferiu não disputar o pleito daquele ano de 2000.
Cid Arruda Câmara, primeiro mandato (2001 á 2004), segundo mandato (2005 á
2008). Primeiro prefeito reeleito, e ainda o primeiro prefeito do século 21.
Vale salientar que é o quarto prefeito da Família Arruda Câmara. Antes seu avô,
Antônio Arruda, seu pai Lauro Arruda e sua mãe Joanita Arruda tinham sido
prefeitos de Nova Cruz. A família Arruda Câmara governou o município de Nova
Cruz por seis Mandatos: dois com Antônio Arruda Câmara (1930 á 1934 e 1945 á
1947); Lauro Arruda Câmara (1948 á 1950); Joanita Arruda Câmara (1958 á 1962) e
Cid Arruda Câmara (2001 á 2004 e 2005 á 2008), Flávio Azevedo (2009 á cumprir
até 2012).
Eram tempos iniciais da redemocratização
do Brasil, da abertura política, uma nova Constituição foi promulgada em 05 de
outubro de 1988, as Capitais dos Estados já haviam passado pelas primeiras
eleições diretas em 1985, sendo eleito em Natal o Prefeito Garibaldi Alves
Filho, derrotando a Sra Wilma Maia (hoje Wilma Maria de Faria). Em 1986
elegemos os Deputados Federais Constituintes, entre os quais a própria Wilma
Maia e tantos outros. Já estava marcada a primeira eleição direta para
Presidente da República em 1989. Dentre as normas estabelecidas na nova
Constituição, com relação ás eleições, fora criado o instituto da votação em
segundo turno apenas para municípios com mais de 200 mil eleitores e que tenham
sido inscritos mais de duas candidaturas no âmbito executivo; outro ponto
importante foi o instituto da reeleição; o voto para os que tinha 16 anos,
soldados e cabos poderem votar e o recadastramento eleitoral, para se ter um
novo título eleitoral.
Em 1988, Nova Cruz vivia tempos para uma
nova eleição de Prefeito. Surgia um nome jovem de Família tradicional. A
família Arruda Câmara apresentava o nome do Engº Cid Arruda Câmara,
contrariando até mesmo as tradições da família e de sua mãe, dona joanita
Arruda, uma das fundadoras do MDB depois PMDB, Cid Arruda se filia ao PDS e é
candidato a sucessão de José Peixoto tendo Luiz Moreira Neto com seu candidato
a Vice-prefeito. Agora na oposição surge o nome de Targino Pereira no PMDB
Tendo como vice José EmÍlIo de Souza “José de Arimatéia”. Targino Pereira é eleito
e começa uma nova fase na administração pública de Nova Cruz. O jovem Cid
Arruda mesmo na derrota, permanece a fazer política em nossa cidade.
Targino Pereira faz uma das maiores
administrações em Nova Cruz. Revoluciona e desenvolve a cidade. Construções por
toda a cidade e zona rural, calçamento e pavimentação com asfalto de diversas
ruas, reconstrução de prédios escolares e centros sociais, creches, centro de
convivência de idosos, construção do maior mercado público da Região Agreste,
instalação de telefonia na zona rural.
Com tanta realização ficou fácil para
Targino eleger seu sucessor, em que o mesmo propagava que seu sucessor estava
nas ruas e nas obras que ele realizou, qualquer um podia se candidatar com o
aval de Targino, que estava eleito.
Veio o ano de 1992 e surge o nome de
Vandi Ernesto como candidato a prefeito apoiado por Targino e pelo PMDB. Na o
posição, surge o candidato do PT, Severino Ribeiro (TIVA) tendo professora
Célia como vice; José Peixoto Mariano é candidato pela quarta vez, agora pelo
PFL (dissidência do PDS) e a quarta candidatura era a de Cid Arruda Câmara
(PDS) tendo Carlos Alberto Meireles (Bebeto) como seu vice. Pelo trabalho de
Targino, foi fácil. Vandi venceu com maioria sobre os outros três candidatos. O
jovem Cid Arruda, mesmo perdendo pela segunda vez, fica fazendo a boa política
em Nova Cruz e convicto de que sua hora iria chegar.
Vandi não faz uma boa administração. O
que consegue é manter as coisas que Targino havia deixado e construído. Em 1994
Targino se elege Deputado Estadual e representa muito bem aos novacruzenses e
ao Agreste. O final da administração de Vandi é desastrosa principalmente para
o funcionalismo público, que tem seus salários esquecidos e atrasados.. Vandi
Ernesto sai do mandato sem quitar esse débito com o funcionalismo.
Em 1996, surgem as candidaturas de
Germana de Azevedo Targino (PMDB), mulher de Dr. Targino e tendo uma outra
mulher como vice, que era Cema. E mais as candidaturas de João Peixoto Mariano
“em nome de seu pai” o já saudoso José Peixoto, que havia falecido em 3 de
dezembro de 1992, e Cid Arruda que era candidato pela terceira vez, agora pelo
PL e tendo Dra Sandra Guerra com sua vice. Era o PMDB com uma candidatura
forte, pois tinha Dr. Targino como marca da campanha de Germana contra duas
candidaturas que se estivessem unidas, teriam elegido um nome. Em pesquisas da
época o nome era o de Cid Arruda. E ficou comprovado nos números finais. Os
votos de Cid e João Peixoto superavam os de Germana Targino.
Germana Targino não fez uma
administração que agradou aos novacruzenses, tinha o direito a se candidatar
novamente, mais os números mostravam a sua rejeição perante a população.
FLÁVIO X CID ARRUDA 2000 E 2004 (VER
ADIANTE 2012)
O PMDB lança o nome de Flávio Azevedo,
então secretário de ação social do município e sobrinho da Prefeita Germana. A
oposição não tem opção e lança pela quarta vez o nome do já
experiente Cid Arruda Câmara (PFL). Cid topa a parada, mesmo vindo de três
derrotas no âmbito municipal, mais com algumas vitórias a nível Estadual. Cid
iria lutar contra 12 anos de poder do PMDB, lutar contra a estrutura do governo
Garibaldi. Era a primeira eleição informatizada, urnas eletrônicas modernas era
a inovação do pleito municipal de 2000. Uma campanha acirrada e voltada para a
juventude. Aqueles jovens que em 1988, corriam atrás de Cid e eram chamados de
“baixinhos turma da Xuxa”, pois não podiam votar naquele ano. Flávio fazia a
campanha da estrutura, do poder municipal, da máquina administrativa que
funcionava a seu favor. Não teve jeito, Cid Arruda ganha pela primeira vez, era
uma ânsia do povo pela vitória de um destemido, de um cidadão que quatro anos
atrás saiu do Forum vaiado pelos “fanáticos”, mais não baixou a cabeça.
O INUSITADO PEDIDO DE 2º TURNO EM 2000:
Perdido a eleição o advogado do PMDB, o
Dr. José Morais Neto e outras pessoas correram de imediato ao Fórum Municipal
para pedir ao Juiz Eleitoral, que tivesse o 2º turno nas eleições de Nova Cruz.
Olhe que lá havia pessoas bem esclarecidas junto com o “Advogado”. Ora pois, 2º
turno, só com duas situações: a) tem que haver mais de dois candidatos, só
havia Flávio e Cid; b) o município teria que ter mais de 200 mil eleitores,
Nova Cruz contava com menos de 10% desse número de eleitores
Cid fez do seu primeiro mandato
uma das maiores administrações em Nova Cruz e que credenciou a ser candidato a
reeleição em 2004. Cid Arruda é Candidato pelo PSB, com a eleição de Wilma
Maria de Faria ao governo do Estado em 2002, Cid faz um grande parceria com o
governo do PSB, que contribuiu muito com a Gestão de Cid na prefeitura de Nova
Cruz. Cid é candidato tendo novamente Flávio Azevedo para o embate em 2004.
Flávio perde mais uma para Cid Arruda e agora por três vezes a mais a diferença
de voto da primeira derrota. Cid se torna o primeiro prefeito do século 21 e o
primeiro reeleito na história política de Nova Cruz.
A administração de Cid, em seu segundo
mandato é ainda melhor, trabalhou até o último dia de seu mandato 31 de
dezembro de 2008.
ALGUMAS REALIZAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO CID
ARRUDA 2001 Á 2008:
Construção de prédios escolares,
creches, calçamentos de diversas ruas na cidade e na zona rural, novas praças
urbanizadas, praças na zona rural, quadras esportivas da cidadania na sede e na
zona rural, proporcionou a expansão e estruturação para que empresas viessem a
fazer loteamentos e desenvolver nosso município, aquisição do prédio da Escola
Cenecista Nestor Marinho, transformando em Escola Municipal e dando totais
condições ao Ensino Superior, através da Universidade Estadual, com a
implantação do seu núcleo, luta pela construção do Instituto Técnico Federal de
Ensino- IFRN, pavimentação de avenidas como a Assis Chateaubriand e a abertura
do “muro de Jericó” que é o prolongamento da Avenida Assis Chateaubriand com a
construção da “ESTRADA DO FUTURO”, incentivo as melhores festas juninas de Nova
Cruz que é o São Pedro do Povão, criado na administração de Dr. Targino, mais
que foi revitalizado a partir de 2001, trouxe de volta os grandes carnavais com
a festa de momo o carnaval dos carnavais, vivíamos os dias mais bonitos do
agreste, neste período, a cidade já estava toda enfeitada para celebrarmos “O
Natal”, o Alto de Natal do Palácio da Cultura Lauro Arruda Câmara, palácio
também obra da Gestão Cid Arruda, todos os últimos sábados do mês tínhamos
apresentações culturais na praça de eventos Mauro da Cunha Pessoa (praça
construída por Cid e que está abandonada) se teve os melhores campeonatos de
futebol amador de todos os tempos, incentivo a seleção de futebol da cidade
para participar de competições regionais, funcionários pagos em dia e com
calendário, professor valorizado com aumentos substancial e com 14º e 15º
salário pago no mês de janeiro (rateio de fundeb). De novembro a janeiro o
comércio de Nova Cruz era impulsionado pela motivação que era dada pela
administração Cid Arruda. Ruas enfeitadas, o TALUDE com um lindo Presépio de
Natal, ruas limpas, servidores com dinheiro para fazer suas compras e o
comércio com a certeza das boas vendas. Era visto no semblante de cada pessoa a
alegria do final de ano. A quermesse promovida pela paróquia da Imaculada
Conceição era muito bem freqüentada e em todas as noites, a virada de ano era
para os novacruzenses e visitantes.
Nova Cruz viveu anos dourados entre 2001
á 2008.
FLÁVIO EM 2008, DE 2603 VOTOS DE
MAIORIA...
Em 2008, Flávio Azevedo (PMDB)
candidatou-se pela terceira vez, tendo como vice João Paulo Andrade. Eles
venceram a Germano Targino (PP) tendo Marcelo Cunha Lima Júnior como seu vice.
Uma esmagadora maioria de 2603 votos de diferença. O nome de Flávio estava “nas
graças do povo” e com uma campanaha baseada na promessa de emprego, de cesta
básica, de vale gás, de pagamentos de contas de energia e de água e todo tipo
de promessa e povo elegeu o Sr. Flávio Azevedo de forma espetacular.
O TAMANHO DA VITÓRIA É O TAMANHO DA
DECEPÇÃO...?
Essa mesma forma espetacular de vitória,
tem sido a decepção de sua administração. Quase tudo, ou tudo funciona de forma
precária.
Fornecedor
que não recebe em dia;
Prestador
de serviço que não recebe em dia;
Prestador
de serviço que não recebeu e não mais trabalha;
Servidor
público com o nome inscrito no SERASA/SPC
Educação
não funciona;
Saúde:
hospital fechado, postos de PSF que não funcionam, Médicos que se recusam a
trabalhar em Nova Cruz;
Limpeza
urbana: ruas com lixo por toda parte;
Desordem
urbana: qualquer pessoa pode construir onde quiser;
Comércio
desorganizado: calçadas usadas como “prateleiras”;
As
promessas não cumpridas: o gás, a energia, a água, a cesta básica
Prédios
públicos com energia elétrica cortada por falta de pagamento por mais de uma
vez, inclusive a própria sede da Prefeitura;
O favorecimento aos antigos adversários
de 2008 e escanteamento em aliados. Haja vista, brigou com o próprio
vive-prefeito e é hoje aliado do então adversário Marcelo Júnior que era o
candidato a vice, na chapa perdedora. Deixou de votar em Gustavo Fernandes para
Deputado Estadual em 2010, Gustavo é filho de Elias Fernandes ex-deputado que
sustentou Flávio Politicamente, durante muito tempo, e que fez a passagem
molhada da Comunidade de Lagoa de Serra. Elias Fernandes era Chefe do DNOCS e
conseguiu essa obra para Nova Cruz. Veio para a inauguração e depois Flávio o
deixou de lado. Deu um chega pra lá também no Deputado Federal João Maia, etc.
Esse é um pouco do retrato da
administração Flávio Azevedo (2008 á cumprir até 2012), com direito a ser
candidato a reeleição.
ELEIÇÕES 2012
Em 2012 é o ano para eleições municipais
e em Nova Cruz era aguardado com muitas expectativas para o pleito, pois estava
e foi confirmado um novo embate para eleger o novo Prefeito entre CID ARRUDA X
FLÁVIO AZEVEDO. CID ARRUDA já havia derrotado FLÁVIO AZEVEDO em 2000 e 2004, portanto
viria como Ex-Prefeito e com larga experiência, enquanto FLÁVIO, tendo vencido
a eleição em 2008, derrotando o então candidato Germano Targino por 2603,
Estava como atual Prefeito e tendo o que “mostrar” para a população de Nova
Cruz. O que se viu foi uma verdadeira lição da população novacruzense a quem
não fez nada, a quem se deu uma confiança, de uma maioria eleitoral jamais
vista em Nova Cruz. Era um novo embate entre CID ARRUDA X FLÁVIO AZEVEDO.
FLÁVIO contava com a “força da maquina administrativa” com o Governo do Estado,
com Senadores, Deputado Federal Henrique Alves, deputado que se acha o próprio
poder em forma de ser humano; FLÁVIO contava principalmente com os desmandos e
os desmantelos de uma administração caótica, que “PROMETEU COMO SEM FALTA e
FALTOU COMO SEM DÚVIDA”.
CID ARRUDA, Contou com algumas vantagens
como: administrou a cidade de 2001 á 2004 com total zelo a coisa publica
transformando uma cidade obscura em uma cidade de muitas transformações em
todas as áreas. E a população aprovou sua administração reelegendo CID ARRUDA
para mais quatro anos, de 2005 á 2008 CID continuou prefeito e fazendo ainda
mais a cidade de Nova Cruz crescer e se estruturar para o futuro. Então a única
vantagem de CID ARRUDA, sobre seu adversário foi à aprovação popular. E o que
foi constatado, 2544 votos de maioria, foi à diferença na vitória de CID ARRUDA
sobre o atual PREFEITO Flávio Azevedo.
03 de dezembro de 2014, 95 anos de
emancipação política de Nova Cruz. O que comemorar?
Um município com cerca de 40 mil
habitantes e que viveu anos muito bons, dentro desses 95 anos de “independência
política”. Anos como os mais recentes, entre 1989 á 1992, quando da
administração do ex-prefeito Targino Pereira e de 2001 á 2008 na administração
do ex-prefeito Cid Arruda Câmara, prefeitos que trouxeram o desenvolvimento e o
fortalecimento do nome Rainha do Agreste.
Evidentemente, tivemos outros anos,
muito bons, nas décadas de 50, 60 e 70, com grandes administradores que
passaram pela história política de nosso município, como Ormildo Matos, Antônio
Arruda, Lauro Arruda, Joanita Arruda, Severino Augustinho, José Peixoto
Mariano, entre outros. Acontece é que foram períodos em que não se tinha a
estrutura organizacional que se tem no mundo moderno de hoje. O prefeito nas
décadas citadas não dispunha de tantos recursos e também de tantas leis, para
regulamentar a administração pública, mais faziam o que podiam para elevar o
nome de Nova Cruz além fronteiras de nossa região, e que tornaram a cidade,
conhecida como a Rainha do Agreste.
FONTE: DO LIVRO ‘NOVA CRUZ’ ”retrato de uma história” do Professor Pedro Marinho da Silva o “Professor Pedrinho”,
IMAGEM: GILSON
Fonte: Medice Cunha LIma
Nenhum comentário:
Postar um comentário