CNTE, Campanha Nacional pelo direito a educação, Fórum Nacional de
educação e Undime enxergam grande perda para educação brasileira e
querem regulamentação dos royalties
A Câmara dos Deputados
aprovou nesta terça-feira (6/11), o texto-base do Senado Federal do
Projeto de Lei 2565/2011, que determina a distribuição dos royalties do
petróleo. Agora, o texto segue agora para a sanção da presidenta Dilma
Rousseff.
Entidades do movimento educacional como a CNTE, Campanha Nacional
pelo Direito a educação, Fórum Nacional de Educação e Undime, lançaram
cartas abertas em repúdio a votação.
As cartas afirmam que a recente decisão terá um impacto negativo no
desenvolvimento social do país, principalmente da educação, como diz o
documento divulgado pela Undime: “Os parlamentares perderam uma grande
oportunidade de vincular à educação mais uma fonte de financiamento
diante das demandas históricas…”.
Leia carta da Campanha Nacional pelo direito à Educação
Leia Carta do Fórum Nacional de Educação
Leia carta da CNTE
Leia Carta da Undime
Leia Carta do Fórum Nacional de Educação
Leia carta da CNTE
Leia Carta da Undime
(colocar links para ler na integra as cartas)
Os royalties e a meta de 10% do PIB
A destinação de 10% do PIB para educação é a principal bandeira de
luda da UNE, que lançou a campanha #somostodos10%. E é justamente em
defesa desta mesma bandeira que todo o movimento educacional tem focado
seus esforços. Dentro desse debate, os royalties do petróleo e o fundo
social do Pré-Sal são duas importantes fontes apontadas como recursos
para que a meta seja alcançada.
A opinião de Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo
Direito à Educação, “O repasse das receitas dos royalties era uma das
alternativas mais promissoras, porém não a única, para a destinação de
10% do PIB para educação pública”.
Regulamenta, Dilma!
Considerando o compromisso público da presidenta Dilma Rousseff e do
Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em destinar 100% dos royalties
do petróleo para as políticas educacionais, o movimento educacional
pretende continuar sua articulação e pressionar o governo para que os
royalties do petróleo sejam destinado à educação.
“A presidenta pode regulamentar o PL de forma que fique definido que
essa riqueza seja revertida em investimentos no setor da educação,
acreditamos que isso não seria antidemocrático. A UNE está confiante de
que vamos alcançar os 100% dos royalties e 50% do fundo social para o
setor”, explicou o presidente da UNE, Daniel Iliescu.
A CNTE, em nota, manifestou a mesma posição: “Nosso trabalho, daqui
para frente, será de buscar a regulamentação desses mesmos recursos dos
royalties, além de outros…”. A carta divulgada pelo Fórum Nacional da
Educação apontava o mesmo caminho: “Diante desse quadro e, perante a
necessidade urgente do país estabelecer novas fontes para o adequado
financiamento da educação pública, o FNE convoca o governo e a
sociedade, a utilizarem suas prerrogativas na busca de uma alternativa
que possa garantir que os recursos obtidos com os royalties do petróleo
possam ser destinados à efetivação do direito à educação.
O momento agora é de muita conversa e articulação entre entidades da
sociedade civil, do movimento estudantil, educacional e social. “Dilma
pode contar com o povo, com a juventude organizada nas ruas e nas redes
para pressionar o congresso e alcançar essa conquista. Ontem tivemos um
percalço, mas nossa luta mãe é por 10% do PIB para educação e vamos até o
fim, até a vitória”, finalizou Iliescu.
Da redação-UNE
Nenhum comentário:
Postar um comentário