Em entrevista veiculada ontem à noite na TV Brasil, a presidente afastada, Dilma Rousseff, afirmou que, “querendo ou não”, a população terá de ser consultada caso ela retorne à Presidência da República ao fim do processo de impeachment no Senado. Sem dar detalhes, Dilma lançou a proposta de um plebiscito para se decidir os rumos do mandato, em caso de sua vitória no Senado. Mas um desfecho do impeachment favorável à presidente é, hoje, o cenário mais improvável. Na admissão do processo, em 12 de maio, Dilma obteve apenas 22 votos contra o impeachment. Ela precisa de um terço — 27 votos — para continuar presidente.
O jornal O Globo mostrou no último dia 2 que Dilma já aceitou uma proposta de petistas de convocar um plebiscito para consultar a sociedade sobre a antecipação das eleições presidenciais. Emissários de Dilma no Senado, como a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), ex-ministra da Agricultura, já fazem consultas a parlamentares sobre a hipótese de fazer o plebiscito junto com as eleições municipais, a respeito da interrupção do mandato e da convocação de novas eleições em 90 dias. A ideia é, com isso, virar votos no impeachment.
Fonte: Robson Pires
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