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A campanha “Fim de jogo para o racismo” será lançada pela Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados hoje, às 16 horas, no hall da taquigrafia. O objetivo é ajudar a acabar com as práticas de racismo que atualmente têm sido marcantes nas partidas de futebol, dentro e fora dos estádios.
Para debater o tema, a comissão do Esporte também vai promover um debate interativo hoje, a partir das 10 horas, no Laboratório Hacker da Câmara dos Deputados. Para participar, basta acessar o ambiente de bate-papo do portal e-Democracia da Câmara.
Arquivo/ Rodolfo Stuckert
Deputado Damião Feliciano ressalta importância da denúncia no combate ao racismo.
A campanha pretende conscientizar a sociedade, profissionais e pessoas envolvidas com esporte sobre as atitudes de racismo praticadas contra atletas e profissionais durante eventos esportivos, destacando que o racismo é crime inafiançável e imprescritível, definido pela Lei 7.716/89 há mais de 20 anos, e a qualquer um é dado o exercício da prisão em flagrante.
A punição prevista pela lei é a pena de reclusão de um a três anos mais multa para quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Idealizada e produzida por servidores da Câmara, a campanha teve custo zero para a Casa. O material será divulgado na internet e demais veículos de comunicação da Câmara e também será disponibilizado para as TVs e rádios legislativas, e emissoras privadas.
Casos recorrentes
O presidente da Comissão do Esporte, deputado Damião Feliciano (PDT-PB), está otimista quanto aos resultados da campanha. "A denúncia é fundamental, a campanha ressalta isso. Denuncie quando você vir uma pessoa cometendo um crime de racismo."
O parlamentar lembrou que, recentemente, casos de racismo envolveram atletas brasileiros. No último dia 27, durante partida do campeonato espanhol, um torcedor do Villarreal arremessou uma banana contra o lateral-direito do Barcelona Daniel Alves. Em resposta, o brasileiro comeu a fruta em campo, antes de cobrar um escanteio, gerando milhares de mensagens de solidariedade nas redes sociais.
Em fevereiro, o volante Tinga foi hostilizado por torcedores do Real Garcilaso, do Peru, no jogo de estreia do Cruzeiro na Taça Libertadores da América. Um mês depois, o jogador Arouca, do Santos, foi chamado de "macacão" por torcedores durante partida contra o Mogi Mirim pelo campeonato paulista.
Fonte: Agência Câmara
Da Redação - DC
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