quarta-feira, 12 de maio de 2021

Após mortes, CFM diz que cloroquina nebulizada é “experimental” e só deve ser usada em pesquisas

Do Estadão:

Jucicleia de Sousa Lira (33) morreu após o “tratamento experimental” da cloroquina nebulizada. Foto: Reprodução

Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece como “procedimento experimental” a administração de hidroxicloroquina (HCQ) e cloroquina por meio de inalação.

Na prática, a autarquia confirma que qualquer tentativa de se fazer uso dos medicamentos por esse meio fora de estudos e pesquisas cientificas – como já ocorre no País – será considerada irregular, ilegal e antiética. Nebulizações com o remédio terminaram com mortes de pacientes no Rio Grande do Sul e no Amazonas.

Estudos já mostraram que o medicamento não é eficaz contra a covid-19.

Segundo o CFM, a resolução 2.292/2021, a ser publicada nesta quarta-feira, 12, no Diário Oficial da União (DOU), define que tratamentos médicos baseados nessa abordagem podem ser realizados só por meio de protocolos de pesquisa aprovados por Comitês de Ética em Pesquisa e Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CEP/Conep).

A medida ocorre  “após o CFM se debruçar sobre aventada possibilidade de a apresentação inalada desses fármacos ser uma alternativa para reduzir o risco de eventos adversos e aumentar eficácia no tratamento contra a covid-19”, informou.

Segundo a autarquia, a utlização do medicamento por inalação “não é preconizada pelo fabricante, não havendo na literatura nenhuma informação sobre a eficácia e segurança aplicada por essa via, assim como dados sobre sua farmacocinética e farmacodinâmica nessa situação”, informa.

“Essa forma de administração não caracteriza uso ‘off label’ (sem indicação na bula) da medicação, sendo necessárias pesquisas que comprovem a eficácia e segurança da HCQ, assim como a dose a ser aplicada”, completa o CFM.

(…)

Fonte: Diário do Centro do Mundo  DCM

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