Neste espaço concedido para um artigo por semana no portal do Potiguar Notícias, venho colocando e acompanhando a política de preços dos combustíveis, de forma recorrente. E posicionando de maneira clara em opinar que é contra os interesses nacionais, desde o governo de Temer, mesmo assim enveredou o atual governo de característica extremamente neoliberal pela mesma política.
domingo, 30 de maio de 2021
A gasolina chegando a seis reais o litro no quadro de crise - Por Evandro Borges - Advogado
Direitos não caem do céu, por Clara Lima
Não aceitaremos inertes mais mortes, não aceitaremos a
naturalização do absurdo que é vidas relegadas à miséria, reduzidas ao ato de
sobreviver.
Oi, gente.
Vamos falar um pouquinho sobre o ato do dia 29?
Eu sei que não é uma decisão fácil. O fato de estarmos convencidos da importância, nesse momento, de ir às ruas, não torna essa decisão menos difícil, menos delicada.
Dois meses atrás perdi meu avô* para a covid. Foi cruel. Foi – e é – doloroso como foram as tantas perdas (quatrocentos e cinquenta mil pessoas!) que temos visto, sentido, vivido nessa terra arrasada chamada Brasil.
Pr’além da dor da perda em si, vem junto a inconformidade, a revolta, a indignação. Foram mortes que poderiam ter sido evitadas. Nossos amores poderiam e deveriam ter continuado suas vidas cá conosco.
Mas foram arrancados de nós.
Arrancados de nós por essa política de genocídio que, agora, utiliza-se, alinha-se ao vírus para instalar um estado permanente de morte nesse país.
Uma política de genocídio que mantém operações policiais em plena pandemia e mata gente pobre e preta dentro de suas casas, de seus trabalhos; na ida ao mercado, ao shopping, nas prisões… enfim. O alvo é sempre certo. Não esqueçamos Rayan e Bruno, a chacina do Jacarezinho, as chacinas de todos os dias não noticiadas na tevê. Os rastros de sangue estão aí, sabemos.
No meio de uma pandemia, pessoas sofrem despejos; a fome cresce numa curva ascendente por causa da política econômica do neoliberal Paulo Guedes. Não dá para aceitar, não dá para normalizar.
Diante de tudo isso, sei que ainda há quem pergunte: mas para quê ir às ruas? Para quê assumir o risco? Nada muda, nada vai mudar.
Queria citar umas palavrinhas escritas pelo querido Eduardo Suplicy: é muito mais dos campeões do impossível do que dos escravos do possível que a humanidade deve sua evolução.
Existe um trabalho ideológico, extremamente ardiloso, que nos faz naturalizar o sistema econômico, a ‘ordem’ social posta e todos os seus desdobramentos em nossas formas de ser, existir.
Daí se torna quase impossível imaginar, concretamente, um outro mundo, com outros contornos, outras formas de existência, de organização social. Então, somos engessados nesse afeto de impotência diante de algo posto quase como transcendente a nós, como se fosse obra do ‘divino’ ou da natureza: inalcançável, que foge de nosso campo de ação, por isso imutável. Pensamos, sentimos: não existe alternativa ao capitalismo, não existe alternativa ao modo de existir dentro desse sistema!
E olha só… eles contam com a introjeteção dessa ‘crença’ na impossibilidade de transformações, de mudanças. Eles contam com a nossa paralisia, desmobilização, desarticulação.
Mas, com a historicidade, desnaturalizamos os fenômenos, compreendemos que as coisas nem sempre foram como são e tudo é passível de ser transformado, sim – o movimento de mudança é, na verdade, a regra na história humana e não a exceção. Às vezes, sentimos como se a ordem social e econômica que está aí existisse desde que o mundo é mundo, desde que o homem é homem, de tão profundo que é o trabalho ideológico.
Mas descobrimos que o capitalismo, inclusive, é bastante recente em relação a história da humanidade. A dialética nos mostra que as coisas acontecem em um movimento constante de transformação na história. O capitalismo, ele mesmo, foi fruto de processos de ruptura – as revoluções burguesas – com a organização social anterior, o feudalismo.
Se nós, mulheres, temos direito ao voto, a ingressar no ensino superior, etc., devemos isso às mulheres que vieram antes de nós e bancaram a luta política, social, organizada.
Colhemos o fruto de suas conquistas – limitadas, mas ainda assim conquistas importantes.
As independências de países colonizados aconteceram graças a um povo que travou o bom combate contra potências colonialistas imensas.
Foram e são os campeões do impossível.
Direitos não caem do céu, gente.
Sei que é fácil perder essa perspectiva, mas é a luta que muda a vida, sim. Isso não é irreal, não é conversa fiada.
Ao contrário: é a apreensão mais rigorosa possível da história da humanidade. O tempo inteiro querem nos confundir e nos fazer acreditar nesse afeto – enganoso – da impotência. Querem nos tirar do sentimento (e da força!) de pertencimento a um todo, ao coletivo, e nos frustrar com a leitura de que somos um ‘indivíduo’ – indivisível, uno, completo em si -, à parte, só, que nada pode contra os poderosos e sua máquina de poder. Ou então querem nos impor o medo.
Mas nós arrancamos essas mentiras do caminho. Nossa resposta precisa ser a da coragem. Pertencemos uns aos outros, não estamos sós, partilhamos de sofrimentos, dores com raízes também em comum. Cada um é cada um, com suas significações e histórias singulares, sim, mas há o encontro do comum e é aí que está nossa força.
Ensinam-nos os movimentos sociais: a luta é a grande emergência desse encontro. É onde e quando dizemos: estamos juntos e enquanto um/a não for livre, nenhum/a será.
Vamos às ruas. Não é fácil, não é o ideal.
Mas não temos outra opção. Estamos nos esforçando absurdamente para garantir o máximo de segurança possível nos atos porque levamos a sério a pandemia. Estamos indo às ruas depois de quatrocentos e cinquenta mil mortes na conta do combo governo Bolsonaro + vírus porque gritamos de nossas casas – aqueles que têm casa! – e não fomos, não somos ouvidos. Queremos viver!
E levamos a sério a luta como única saída, a urgência da construção da revolução.
Acreditamos na luta social, política, nas nossas vozes e corpos somados, nossos afetos entrelaçados. Aí está nossa força.
Não aceitaremos inertes mais mortes, não aceitaremos a naturalização do absurdo que é vidas relegadas à miséria, reduzidas ao ato de sobreviver.
Basta.
Na América Latina, se respira luta. Somos um povo sin piernas, pero que camiña.
Queremos viver.
E devemos ser as campeãs do impossível de nossos tempos.
* Clara Lima é neta de Haroldo Lima.
Publicado originalmente no Portal Vermelho
Fonte: https://waltersorrentino.com.br
Homem atingido por bala de borracha da PM perde olho e não fazia parte da manifestação
Foto: Hugo Muniz
Ontem pela manhã Recife realizava um grande ato contra o governo Bolsonaro quando os manifestantes foram surpreendidos pela repressão da Polícia Militar que atacou os presentes com bombas de gás lacrimogêneo e bala de borracha.
Um dos feridos gravemente pela violência policial foi Daniel Campelo, de 51 anos. Ele foi atingido pela Policia Militar de Pernambuco com uma bala de borracha no olho e infelizmente perdeu o globo ocular e consequentemente a visão.
Campelo foi socorrido no Hospital da Restauração, na área central da capital pernambucana. Amanhã passará por uma cirurgia no Hospital Altino Ventura, especializado em oftalmologia.
O homem, que não participada da manifestação, havia ido ao centro da capital apenas para comprar seu material de trabalho, agora terá sua vida marcada pela truculência policial contra um ato pacifico que pedia vacina e comida no prato do povo brasileiro.
Outras agressões foram registradas ao final do ato, que teve quatro pessoas detidas. Eles foram acusados de desobediência, desacato e descumprimento do art. 268 do Código Penal, e so foram liberados mediante pagamento de fiança.
A vereadora Liana Cirne, que buscava diálogo com o batalhão em ação para impedir a ação, caiu no chão ao receber um jato de spray de pimenta nos olhos. Um homem também saiu sangrando com ferimentos na cabeça decorrentes da violência da polícia.
O comandante responsável pela ação foi afastado e o governador Paulo Câmara (PSB) disse que irá investigar a operação e manterá os envolvidos afastados até concluir o inquérito e afirmou que não ordenou o ataque contra os manifestantes.
O ato que mobilizou milhares de pessoas foi organizado buscando respeitar as orientações de segurança sanitária. Os manifestantes usavam e distribuíam máscaras PFF2 e álcool para os presentes e buscavam cumprir o distanciamento social. Em fotos aéras da manifestação é possível ver todos em fila indiana e com ao menos 1 metro de distância.
Assista:
Enquanto mínimo fica abaixo da inflação, Bolsonaro reajusta seu salário em R$ 2 mil
Escrito por: Rosely Rocha
Salário
mínimo fica abaixo da inflação. Já Bolsonaro manobra e consegue reajustar seu
próprio salário em 6,5%. Ministros militares são “agraciados” com até R$ 27 mil
de aumento – 69% a mais.
Depois de muito debate e divergência
com o Ministério da Economia, a Câmara dos Deputados, mais uma vez, se curvou
às vontades do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) e aprovou essa semana a
medida provisória que reajustou o salário mínimo de R$ 1.045, em 2020, para R$
1.100 em 2021. Demoraram cinco meses para aprovar um valor R$ 2 menor do que a
inflação.
Enquanto reajusta o mínimo abaixo da
inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que
calcula a inflação das famílias menos abonadas, que ganham até cinco salários
(R$ 5.500), Bolsonaro demonstra o seu desprezo pelos mais pobres ao reajustar o
próprio salário e o de alguns ministros militares em até 69% - alguns terão
aumento de R$ 2,3 mil nos ganhos mensais, como Bolsonaro; outros terão aumento
de mais R$ 27 mil por mês. (Veja abaixo quanto cada um vai ganhar
a mais).
Por trás da decisão de negar R$ 2 tem
um componente simbólico: o enterro da Política de Valorização do Salário
Mínimo, implantada pelo governo do ex-presidente Lula, após muita luta da CUT,
que levou milhões de pessoas às ruas em defesa de reajustes acima da inflação,
acredita o vice-presidente da entidade, Vagner Freitas.
“A grande diferença entre os dois é
que Lula entende que valorizar o salário mínimo aquece a economia, que a
aposentadoria e o mínimo são as principais rendas de centenas de pequenos
municípios, além do que Lula conhece o Brasil, já sentiu na pele parte dos
dramas dos brasileiros, é sensível e humano e tem empatia”, afirma o dirigente.
“Reajustar o mínimo acima da inflação
aumenta o poder de compra também de aposentados e pensionistas que mantém a
economia nos rincões do país. São ativos importantíssimos que não podem ser
reduzidos”, completa Vagner, que ressalta: “Já Bolsonaro, pensa em si próprio e
tem o desplante de reajustar o seu salário e dos seus aliados”.
Bolsonaro não conhece o Brasil. Ele aposta no vírus, não tem política de vacinação, de auxílio emergencial, ele só pensa em si, não tem empatia. Esse é o presidente que o Brasil tem- Vagner Freitas
O impacto do salário mínimo nas famílias de baixa renda
Os R$ 2 a menos vão impactar no
bolso de 50,34 milhões de trabalhadores, aposentados e pensionistas do INSS,
que têm como referência de reajustes o salário mínimo. Confira na tabela do
Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
DIEESE
“O aumento do salário mínimo gera
impacto nas outras faixas salariais do mercado de trabalho, influência a
pirâmide na hora da negociação, por isso sua valorização é importante”, explica
a técnica do Dieese, Adriana Marcolino.
Para ela, o reajuste abaixo da
inflação é simbólico também porque enquanto o pobre está juntado R$ 2 para
completar o dinheiro do leite, o governo economiza mais de R$ 752 milhões ao
ano, que seria o custo dessa diferença a ser paga ao trabalhador.
“São simbólicas as prioridades deste
governo no orçamento público. Dois reais podem não ser muito pro bolso, mas
pertence ao trabalhador e ao aposentado. O Estado economiza, mas por outro
lado, Bolsonaro reajusta o salário dele com um mecanismo que é
vergonhoso. O governo colocou o debate do teto do funcionalismo com a Reforma
Administrativa, se dizendo transparente com o dinheiro público,
mas ignora o teto quando é de interesse próprio”, critica Adriana.
O reajuste salarial de Bolsonaro e
seus ministros militares
Uma Portaria do Ministério da
Economia, do final de abril deste ano, aumenta o valor do salário acima do teto
constitucional do presidente Jair Bolsonaro, de reservistas e de servidores
públicos aposentados que exercem também determinados cargos públicos.
A manobra consiste em deixar de
abater o valor dos ganhos que ultrapassam o teto do funcionalismo. Atualmente,
quando a soma das aposentadorias e salários recebidos ultrapassa R$ 39,2 mil,
aplica-se o chamado "abate-teto", reduzindo o valor final recebido.
Com a nova regra, Bolsonaro que já
ganha R$ 30.934 como presidente da República e benefícios de R$ 10.610,
totalizando R$ 41.544, vai deixar de abater R$ 2,3 mil por mês. Ou seja, sua
conta bancária será engordada em 6,5% enquanto a do trabalhador emagrece.
A medida favorece os aliados
militares de Bolsonaro que exercem cargos no governo e já são reservistas das
Forças Armadas. O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), vai deixar de abater
no seu contracheque R$ 24 mil mensais, o que daria para pagar os R$ 2 a 12 mil
trabalhadores.
O ministro da Defesa, Braga Netto,
vai receber a mais, sem o "abate-teto”, R$ 22.759,39. Já o ministro da
Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, vai ter um ganho ao mês de R$ 27.070,24. Este
valor consta como “abate-teto” do ministro em fevereiro deste ano, conforme os
últimos dados disponíveis no Portal da Transparência.
Os três militares do governo ganham
acima de Bolsonaro porque foram para a reserva como generais, e o presidente
como capitão. Bolsonaro era tenente quando deixou as Forças Armadas e foi
beneficiado com uma maior patente ao se tornar reservista do Exército.
O impacto dos reajustes de Bolsonaro
e seus ministros militares reservistas aos cofres públicos, será de R$ 181,32
milhões ao ano.
Entenda o que mudou no cálculo do
salário mínimo
A MP do governo reajustou o salário
mínimo pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de
5,26%, em 2020. O IPCA mede a renda, não importa a fonte,
de quem ganha até 40 salários mínimos (R$ 44.000). Este índice, oficial do
governo e é calculado pelo IBGE desde 1980, abrangendo 10 regiões
metropolitanas do país, além das capitais, Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Rio
Branco (AC), São Luís (MA), Aracaju (SE) e de Brasília (DF).
Já o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC), de 5,45%, em 2020, é calculado pelo IBGE
desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários
mínimos , sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do
país, além das capitais de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju
e de Brasília. Por contemplar rendas menores, capta melhor os rendimentos dos
trabalhadores e das trabalhadoras e por isso, é o Índice frequentemente
utilizado nas negociações coletivas.
“O IPCA calcula a inflação para os
mais abastados e inclui gastos com escola particular, viagens, etc. Já o INPC
tem um forte impacto com os preços dos alimentos porque quem ganha menos, gasta
mais em alimentação e com as necessidades básicas de uma família. Por isso que
ele reflete melhor o custo de vida dos mais pobres, dos trabalhadores”, explica
Adriana Marcolino.
A Política de Valorização do Salário
Mínimo
A Política de Valorização do Salário
Mínimo teve início de fato em 2004 quando o ex-presidente Lula começou a
autorizar reajustes acima da inflação e virou lei em 2011, com Dilma Rousseff
(PT) quando a proposta foi aprovada no Congresso Nacional.
De 2002, primeiro ano do primeiro
mandato de Lula, a 2014, já com Dilma, o aumento real do mínimo foi de 72,75%.
Os reajustes injetaram R$ 28,4 bilhões na economia do país, beneficiando
diretamente 48,1 milhões de brasileiros que tinham o mínimo como referencia de
seus rendimentos.
Foram 21,4 milhões de beneficiários
da Previdência Social, 14,3 milhões de trabalhadores assalariados, 8 milhões de
autônomos e 4,2 milhões de trabalhadores domésticos.
Gente que, como dizia Lula, consome e
investe em pequenas reformas e, com isso, fez a roda da economia girar,
garantindo mais emprego e mais renda, num círculo virtuoso que beneficia todos
os brasileiros. Já Bolsonaro acabou com a Política de
Valorização do Salário Mínimo em seu primeiro ano de
governo, em 2019.
“A política de aumento real era
fundamental para repor o poder aquisitivo dos trabalhadores, principalmente
daqueles que consomem tudo o que ganham, mas também influenciava os demais
salários. Infelizmente, a luta histórica da CUT, com suas marchas pelas ruas
cai por terra com este governo antitrabalhador, que não tem sensibilidade com
os mais pobres. É um descalabro”, avalia o secretário de Assuntos Jurídicos da
CUT, Valeir Ertle.
Apesar dos reajustes acima da
inflação nos governos do PT, o Dieese calcula que o salário mínimo ideal para o
sustento de uma família de quatro pessoas em abril deste ano seria 5.330,69.
*Edição: Marize Muniz
Fonte: CUT NACIONAL
sábado, 15 de maio de 2021
Universidade brasileira, uma espécie ameaçada de extinção
Por Vinícius Soares, Biólogo,
mestre em Biologia Celular e Molecular Aplicada, Residente de Saúde Coletiva,
Diretor de Comunicação da Associação Nacional de Pós-Graduandos e membro da
Executiva Nacional da União da Juventude Socialista.
Em 2018, escrevi um texto em que afirmava que a Universidade
brasileira era uma espécie ameaçada de extinção. Isso porque nas áreas
biológicas para chamar atenção do estado atual de conservação de uma espécie de
animal, planta ou outro organismo vivo, lançamos mão da Lista Vermelha,
normalmente divulgada pela União Internacional para a Conservação da Natureza e
dos Recursos Naturais. Se seguíssemos esse modelo e fosse possível publicar uma
lista vermelha das instituições brasileiras que estão ameaçadas na atual
conjuntura econômica e política, as universidades públicas estariam no topo da
lista.
E, três anos se passaram, mas nada foi feito pelo Governo
Federal para salvar essa instituição. Pelo contrário, sucessivamente, temos
vistos cortes e contingenciamentos na educação, em nome do “ajuste fiscal”, ao
mesmo tempo que vemos uma verdadeira balbúrdia no orçamento público para nutrir
a base do governo no Congresso e outras regalias do Executivo, como leites
condensados, picanhas, cervejas…Isso tudo ao mesmo tempo que mais da metade da
população está em insegurança alimentar ou passando fome.
Mas voltemos às universidades. Aquelas instituições que, mesmo
com apenas um século de vida no Brasil, vem desempenhando papel fundamental
para o desenvolvimento do país, contribuindo não apenas para formação de
recursos humanos com qualidade, mas também para produção científica, um fator
estruturante para o desenvolvimento do país. E em tempos de pandemia, vem
exercendo um papel fundamental com seus hospitais universitários, com a
produção e aplicação de testes rápidos, e com sua pesquisa científica, da mais
alta qualidade, tanto no enfrentamento da pandemia quanto para resolução de outros
gargalos da sociedade brasileira. Cabe destacar que, segundo a CAPES, cerca de
90% da ciência brasileira é realizada no âmbito da pós-graduação, e este setor
majoritariamente está concentrado dentro das universidades.
E, apesar de toda sua contribuição, o que vemos hoje é uma
Instituição à beira de fechar as portas. O orçamento das universidades federais
é cerca de 30% menor do que foi em 2010, com o agravante de termos quase
dobrado a malha universitária de lá pra cá, isso incluindo tanto em número de alunos
quanto em serviços sociais que as universidades oferecem. Ou seja, fica nítido
fazer a conta que temos uma estrutura bem maior e com escassos recursos. Essa
conta não fecha.
Entretanto, esse cenário não é coincidência tampouco é para
realizar um ajuste fiscal no Estado. Primeiro, porque, o que se vê são
escândalos e mais escândalos do ‘Bolsolão”, com os seus orçamentos secretos
para alimentar a base congressista. Em segundo, esses cortes e sufocamento
financeiro fazem parte de um projeto político antidemocrático e antinacional
que visa além de outras coisas, como retirada de direitos sociais, trabalhistas
e previdenciários, a expulsão do povo de dentro das universidades e
exterminação de qualquer tentativa de execução da função social da Universidade
que é a de servir a um projeto nacional de desenvolvimento econômico e social.
Um verdadeiro projeto de subserviência e dependência econômica do Brasil para
com outras nações desenvolvidas. E, em terceiro, a Universidade no Brasil
historicamente tem sido lugar de resistência democrática, criando espaços
universitários de debates e críticas sobre os rumos do país. Tal fato se torna
tão verdadeiro quando observamos que a instituição foi uma das primeiras a ser
alvo da Ditadura Civil-Militar que acometeu o país na década de 60. E, assim
como foi no passado, após o golpe, a Universidade brasileira voltou a se tornar
um dos principais alvos daqueles que detêm a hegemonia do poder. E são ameaças
vindas de vários meios e que precisam ser denunciadas!
Ameaças que vão além do estrangulamento do orçamento, são
cerceamento da liberdade de cátedra, perseguição à professores, estudantes e
cientistas, tentativas de privatização e projetos de lei que estão em
tramitação no Congresso Nacional. Por isso, é preciso estarmos atentos e
defendermos esta Instituição tão importante para construção de um Brasil
independente, soberano e com qualidade de vida para o seu povo. Precisamos nos
mobilizar e estarmos unidos na defesa da Universidade brasileira. Essa espécie,
tão necessária para o ecossistema brasileira, está pedindo SOCORRO, e talvez
seja seu último suspiro de resiliência. Como na Ecologia falamos, o sistema
universitário está para além de sua capacidade de suporte. Já não consegue mais
exercer suas funções sem um alívio financeiro, e um projeto robusto de urgente
recomposição orçamentária. Não podemos medir esforços de retirá-las da lista de
extinção. Se não for pelas mãos dos brasileiros, a universidade brasileira
fechará as portas. E, com isso, não apenas o futuro do país que estará em
jogo, mas a própria vida da população que depende diretamente dos serviços
prestados pela universidade brasileira.
Fonte: UJS
RN é destaque em Encontro Nacional de dados de turismo
Visando fortalecer a troca de experiências e o
compartilhamento de casos de sucesso, os estados de São Paulo, Santa Catarina e
Rio Grande do Norte foram convidados para partilharem suas experiências
exitosas na 12ª edição do RIMT, Encontro Nacional da Rede de Inteligência de
Mercado no Turismo. O evento em formato virtual ocorrerá na próxima
segunda-feira (17) e o sistema de informações turísticas do RN, batizado
recentemente de Sírio, será o único em destaque fora da região
Sul-Sudeste.
O público do evento contará com representantes de todos os estados da Federação, das secretarias e órgãos estaduais de turismo, do Sebrae nos Estados, que são membros da Rede, além de Ministério do Turismo, Sebrae Nacional e Embratur, que compõem seu comitê gestor. O espaço se propõe como um local de debate e discussões sobre essas soluções.
Para Leonardo Seabra, responsável pelo setor de Inteligência da Emprotur, o convite de exposição nacional representa a valorização do trabalho da Empresa de Promoção Turística Estadual. "Estarmos inseridos nessa grande rede de informação que possui como um dos propósitos colaborar para o desenvolvimento do turismo, seja em âmbito doméstico ou internacional, já é um grande legado. O evento em si é uma oportunidade de discutirmos estratégias para superarmos um dos maiores desafios da gestão do turismo no país: a disponibilidade de dados confiáveis, atualizados e relevantes; fundamentais para subsidiar a elaboração de políticas e ações no setor", explicou.
SÍRIO
O projeto é uma parceria do Governo do Estado do Rio Grande do Norte com o setor de inteligência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – Fecomércio. O Sírio, como foi recentemente batizado, é a única ferramenta de gerenciamento de dados no Nordeste. O sistema busca trazer uma gestão eficiente e cada vez mais conectada, utilizando de ferramentas estratégicas para auxiliar no processo de tomada de decisão, além de ampliar a geração de inteligência de dados ligados à atividade turística, tornando disponíveis as informações para subsidiar as decisões sejam dos setores governamentais, instituições e da iniciativa privada.
Rede de Inteligência de Mercado no Turismo (RIMT)
A RIMT foi criada em 2016 para ser
ambiente para análise de informações e compartilhamento permanente de
experiências – entre os órgãos oficiais de turismo das 27 UFs e governo federal
– de modo a orientar a promoção dos destinos, conforme as expectativas e
tendências dos mercados. A RIMT tem como principal objetivo gerar um processo
de sinergia e inteligência que permita ampliar a profissionalização do
marketing turístico nos destinos brasileiros. Além de seus membros efetivos, a
RIMT conta com mais de 4.000 participantes inscritos, que disseminam conteúdos
e contribuem com essa rede.
Fonte: Potiguar Noticias
Diário do Bolso: em Alagoas, me vingando do Renan
Primeiro inaugurei um viaduto em Maceió que já
tinha sido inaugurado em dezembro pelo filho dele, o Renan Filho, que é
governador de lá (pô, preciso trocar o nome do meu Renanzinho; será que ele
topa mudar pra Cloroquino?).
O melhor é que nem dei dinheiro pro tal viaduto em
Alagoas. É tudo verba do tempo da Dilma e do Temer. E fui com o Collor, que é
inimigo dos Calheiros. Aliás, Diário, no tocante ao Collor, estou ficando cada
vez mais amigo do cara. Acho que a gente tem alguma coisa em comum, só não sei
o que é.
Depois inaugurei um conjunto habitacional em
Alagoas fazendo uma chave gigante de metralhadora. Eu estava junto com o
prefeito, o JHC, outro inimigo do Renan. Eu gosto desse JHC porque quando chega
vacina, ele agradece ao Ministério da saúde, e, quando falta, ele critica o
governador. É assim mesmo que tem que fazer,talkei?
Depois fui pra São José da Tapera e inaugurei um
trecho do Canal do Sertão que também já estava funcionando. Minha especialidade
é inaugurar coisa usada, kkk!
Também aproveitei pra aglomerar, andar sem máscara
no meio do povo e dar a mão cheia de ranho pro pessoal. Daqui a 15 dias os
casos de covid vão aumentar lá e a gente vai por a culpa no Renan Filho, kkk!
Diário, saindo de Alagoas pro pântano (pegou essa?
lagoa-pântano), a AGU (que não quer dizer Amigos do Genocida Unidos, como tão
dizendo por aí) já pediu um “habeas corpus” pro Pazuello ficar calado na CPI da
Covid. Mas em vez de “habeas corpus”, não devia ser um “fecheas bocas”?
Sei lá, não entendo muito de direito. Sou melhor em
medicina.
José Roberto Torero é autor de livros, como “O
Chalaça”, vencedor do Prêmio Jabuti de 1995. Além disso, escreveu roteiros para
cinema e tevê, como em Retrato Falado para Rede Globo do Brasil. Também foi
colunista de Esportes da Folha de S. Paulo entre 1998 e 2012.
Câmara vota na próxima semana MP da privatização da Eletrobras
Foto: EBC
O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), anunciou nesta quinta-feira (13) que a MP 1031/21, que trata da privatização da Eletrobras, estará na pauta da semana que vem do plenário.
O deputado preside a sessão e fez o comunicado ao informar que reunião de líderes, marcada para às 15h, foi cancelada e que a pauta da próxima semana conterá, além da medida provisória, as matérias remanescentes desta semana.
A MP foi editada pelo presidente Jair Bolsonaro e encaminhada ao Congresso em fevereiro. O texto permite o início de estudos sobre os modelos de privatização da estatal. Chegou-se a cogitar o debate da medida ainda no mês em que foi enviada. Porém, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu aguardar para pautar o tema até garantir maior apoio ao projeto.
Além disso, agora, a medida será debatida já com o novo regimento interno em vigor, que limita o tempo de fala dos deputados e restringe os instrumentos do chamado “kit obstrução”.
Fonte: Congresso em Foco
Com Potiguar Notícias
Gilmar Mendes será relator da ação que pede afastamento de Bolsonaro por “insanidade”
Por Lucas Vasques
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF), foi sorteado para ser o relator da ação protocolada por
advogados,intelectuais e acadêmicos na Corte. Eles pedem o afastamento de Jair Bolsonaro por
“insanidade”.
Na peça, os autores solicitam que o STF determine um exame psiquiátrico no presidente para comprovar sua incapacidade para a gestão da saúde e de outras áreas fundamentais no que se refere ao combate da pandemia de Covid-19, segundo o Correio.
O objetivo é que o STF determine a interdição de Bolsonaro.
A petição, assinada pelos professores Renato Janine Ribeiro e Pedro Dallari, da Universidade de São Paulo (USP), Roberto Romano, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), José Geraldo de Sousa Jr, da Universidade de Brasília (UnB), bem como pelos advogados Alberto Toron, Fábio Gaspar e o presidente da Academia Paulista de Direito, Alfredo Attié, vem como uma reação ao fato de que, até agora, todas as representações por supostos crimes cometidos pelo presidente, na Câmara dos Deputados, Procuradoria-Geral da República (PGR) e tribunais internacionais, não tiveram qualquer resultado.
Fonte: https:revistaforum.com.br
Pazuello será alvo de condução coercitiva? Por Altamiro Borges
Rotulado de general-fujão nas redes sociais, Eduardo Pazuello, o ex-sinistro de Jair Bolsonaro que carrega mais de 300 mil mortos nas costas, pelo jeito não terá como escapar da CPI do Genocídio. O jornal Estadão informa que os senadores já falam em pedir a “condução coercitiva” do milico para garantir seu tão aguardado depoimento.
“Os senadores citaram a medida após o Estadão revelar que Pazuello recebeu, na manhã desta quinta-feira (6), uma visita do ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral da Presidência) no Hotel de Trânsito de Oficiais [em Brasília], onde supostamente estaria em isolamento depois de ter contato com dois servidores que contraíram a Covid-19”.
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Fonte: https://waltersorrentino.com.br