Por Kiko Nogueira, no DCM* |
O roteiro do golpe ganha mais um capítulo com o anúncio de que o TRF 4 marcou o julgamento de Lula para 24 de janeiro.
Há uma dose de crueldade que, certamente, não passou batido pelos desembargadores: é o aniversário de morte de Marisa Letícia, vítima de um AVC.
O anúncio acontece no mesmo dia em que o Globo pediu a prisão de Lula num editorial de dez linhas.
Missão dada é missão cumprida.
Foram apenas 42 dias entre a condenação e o início da tramitação do recurso na segunda instância, um recorde absoluto. Para citar apenas um único caso, a indenização dos familiares do vôo da TAM levou dez anos para sair.
Há uma dose de crueldade que, certamente, não passou batido pelos desembargadores: é o aniversário de morte de Marisa Letícia, vítima de um AVC.
O anúncio acontece no mesmo dia em que o Globo pediu a prisão de Lula num editorial de dez linhas.
Missão dada é missão cumprida.
Foram apenas 42 dias entre a condenação e o início da tramitação do recurso na segunda instância, um recorde absoluto. Para citar apenas um único caso, a indenização dos familiares do vôo da TAM levou dez anos para sair.
No próprio tribunal, a média dos demais recursos, nesse mesmo percurso, foi de 96 dias, segundo a Folha.
Em nota, Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente, afirmou que “espera que a explicação para essa tramitação recorde seja a facilidade de constatar a nulidade do processo e inocência”.
Não tem explicação nenhuma, a não ser o medo de Lula ganhar. Cada pesquisa é um prego doído nos olhos de quem apostou que Sergio Moro mataria a possibilidade de Lula nas urnas.
O Brasil nunca foi tão canalha, a novela nunca foi tão previsível, os jogadores nunca foram tão explícitos. Gilmar Mendes vai narrando a farsa, os procuradores da Lava Jato dão aulas públicas de ética, o decoro e as aparências vão para o buraco.
Eles contam com a apatia do povo e das chamadas forças progressistas — que, nas palavras de Aldo Fornazieri, “foram derrotadas até mesmo quando o elemento militar não interveio no jogo político”.
O que resta a Lula é a força da população, de ser o maior líder popular da nossa história — e ele nunca será perdoado por isso.
O que resta a Lula é a força da população, de ser o maior líder popular da nossa história — e ele nunca será perdoado por isso.
O teste de sobrevivência da democracia brasileira é a defesa de Lula nas ruas. Se nada acontecer, é prova de que nossa servidão é voluntária e nossa vocação para a submissão e a vira latice invencível.
Uma oportunidade incrível se coloca à nossa frente. Mais uma vez: é guerra. Fique feliz por isso.
*Jornalista, Editor do DCM, fonte desta postagem.
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