Conhecia a AIDS em 1981. Trabalhando em um hospital em SP conheci um paciente portador do HIV. Ele era um diretor de uma grande empresa, casado com filhos, e faleceu bem rápido na UTI. Era uma novidade para todos os profissionais da saúde que atuavam na UTI.
Não havia as medicações, o tratamento adequado para a doença. Sabíamos que era altamente contagiosa pelo sangue, e pela relação sexual anal. Sabíamos que a doença deixava baixa a resistência, e que o paciente era facilmente infectado por bactérias. Com pesquisas, e mais pesquisas descobriram medicações que podiam prologar a vida do portador de HIV.
Os famosos coquetéis de medicamentos. O AZT foi o primeiro que surgiu, depois surgiram outras medicações que deram esperança aos portadores de HIV de uma vida mais longa, e com mais qualidade." Abacavir, Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e a combinação Lamivudina/Zidovudina. : Efavirenz, Nevirapina e Etravirina: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Indinavir, Lopinavir/r, Nelfinavir, Ritonavir, Saquinavir e Tipranavir. Raltegravir. Cada medicação atua de forma diferente no organismo, atua no DNA do vírus, atua impedindo que o vírus se reproduza, bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células." Muitos famosos, sociólogos, cartunista, atores, músicos, morreram de AIDS. Cazuza, Freddie Mercury, Renato Russo,Betinho, Henfil, Rock Hudson entre muitos outros. Além da descoberta de medicações poderosas contra o HIV, da descoberta do contagio, a maior descoberta foi a prevenção para não contrair a doença, o sangue para doação tem que passar pelo teste do HIV, e a camisinha.
A pesar da imensa propaganda sobre a prevenção do HIV, de todos no planeta terra saber que a AIDS existe, é altamente contagioso no sexo não seguro, sem camisinha, homens e mulheres não se previnem. Conheço várias mulheres que engravidaram, mais de três vezes, cada gravidez de um companheiro diferente, por não obrigar o parceiro a usar camisinha. Uma delas teve HPV, que evoluiu para o câncer de útero. Foi operada e hoje está bem. Outra teve mais um filho, e teve que fazer três vezes o DNA para descobrir quem era o pai da criança. Um absurdo não usar a camisinha se quer ter vários parceiros. Não está escrito na testa de ninguém” sou portador do vírus da AIDS”, muitas vezes o portador não sabe que está contaminado. A camisinha evita a gravidez indesejada, evita as doenças sexualmente transmissíveis, evita a AIDS. Camisinha tem que ter, camisinha tem que usar sempre!
Jussara Seixas
Fonte: Terra Brasilis
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