Foto: Sérgio Lima/Poder 360
O plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vai analisar no sábado (22) a suspensão de 164 direitos de resposta na TV concedidos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No formato não há debate entre os ministros. Os votos são depositados no sistema eletrônico da Corte. O julgamento será da meia-noite às 23h59.
Na noite de quinta-feira (20), a ministra Maria Claudia Bucchianeri, do TSE, havia suspendido 164 direitos de resposta concedidos a Lula nos espaços destinados ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A defesa de Bolsonaro recorreu contra a decisão que diminuiu drasticamente seu espaço na televisão na reta final do 2º turno. A ministra decidiu suspender os direitos de resposta até que o recurso seja analisado pelos demais ministros do TSE.
“Recebo os presentes embargos declaratórios como recurso inominado e a ele atribuo, excepcionalmente, eficácia suspensiva, até respectiva análise colegiada”, disse a magistrada no curto despacho.
Na quarta-feira (19), o TSE deu 164 direitos de resposta a Lula em espaços anteriormente destinados à propaganda de Bolsonaro. Bucchianeri saiu derrotada na discussão. No mesmo dia, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino deu 20 direitos de resposta a Lula, ao passo que Bolsonaro ganhou 14, também por decisão do magistrado.
O saldo era o seguinte: Lula teria, na reta final da disputa ao Planalto, direito a 170 inserções de 30 segundos em programas que seriam de Bolsonaro.
Elas começariam a ser divulgadas nesta sexta-feira (21) e mudariam bastante a correlação entre os postulantes à Presidência quanto ao tempo de TV: o normal é que cada um tivesse 25 inserções de 30 segundos por dia. Com as decisões de quarta-feira, Lula passou a ter 46, sendo 21 delas para rebater acusações de Bolsonaro. Já o atual presidente iria de 25 para uma média de 3,7 inserções diárias.
Agora, quem sai perdendo 2 inserções de 30 segundos em tempo de TV é Lula. Isso porque além de suspender os 164 direitos de resposta, Bucchianeri deu a Bolsonaro 8 direitos de resposta no espaço de Lula.
A campanha do presidente questionou inserções do petista que associam o presidente ao aborto e “à alegada cogitação” de que “abortaria seu próprio filho” Jair Renan.
Além disso, a ministra deu 2 minutos e 8 segundos de direito de resposta a Bolsonaro na propaganda de bloco de Lula (peças maiores, que duram 5 minutos). A campanha do chefe do Executivo questionou comerciais do petista que o associavam a milícias.
Fonte: Poder 360
Com POTIGUAR NOTÍCIAS
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