Uma pauta que veio com toda força no
primeiro turno e ao que tudo indica seguirá firme nos debates e sabatinas neste
segundo tempo de campanha, será o tema da corrupção. É importante contrapor os
feitos do governo do ex-presidente Lula e do atual presidente Bolsonaro, sob o
ponto de vista da transparência, integridade e fortalecimento das instituições
órgãos de controle.
Segundo Andréa
Gozetto, coordenadora do Grupo de Trabalho “Transparência e Integridade” da
Rede Advocacy Colaborativo (RAC), no governo Lula foram criados os órgãos CGU,
que mais para frente criou o Portal da Transparência, dando oportunidade para que
todo cidadão pudesse ter acesso aos gastos públicos, fortalecendo a Polícia
Federal, concedendo autonomia e fazendo com que o número de ações aumentassem
consideravelmente.
Já no governo
atual, o Presidente Bolsonaro parte de uma narrativa contrária, utilizando da
LAI e impondo um sigilo que preserva quem está ao seu redor, contra possíveis
investigações durante 100 anos. Feito já realizado quando em seu atual mandato
mudou peças na Polícia Federal para que não tivesse seu nome investigado.
Andréa Gozetto também traz outros contrapontos, como:
Gov. Lula
- Criado
em seu governo pela CGU o Portal da Transparência serve para que o cidadão
identifique os gastos público feito pelo governo;
- Criada
em seu governo, a LAI posteriormente foi aprovada no Gov. Dilma;
- Sempre
respeitou a lista tríplice do MP, escolhendo o 1o colocado orientado pelo
órgão;
- Fortalecimento da Polícia Federal em seu primeiro mandato (2003 / 2006), tendo um aumento de 1.060 operações contra apenas 48 registradas nos oito anos da administração anterior.
Gov. Bolsonaro
- Não
respeitou a lista tríplice para a escolha do Procurador Geral da
República;
- Utilizou
da LAI para impor sigilo a si mesmo por anos;
- Mexeu
em cargos dentro da Polícia Federal, visando interferência em uma possível
investigação;
- Cortou
verbas da COAF, plataforma destinada para a modernização do sistema contra
corrupção;
- Demitiu
o presidente do INPE quando liberou os dados de desmatamento na Amazônia,
em 2019.
Andréa
Gozetto possui pós-doutorado em Administração
Pública e Governo (FGV/EAESP), Doutorado em Ciências Sociais (UNICAMP),
Mestrado em Sociologia Política (Unesp-Araraquara) e Bacharelado em Ciências
Sociais (UFSCar). É co-idealizadora do MBA em “Economia e Gestão — Relações
Governamentais” e da Formação Executiva “Advocacy e Políticas Públicas” da
FGV/IDE, sendo coordenadora acadêmica em São Paulo. É Diretora Executiva da
Gozetto & Associados Consultoria Estratégica e coordenadora do Grupo de
Trabalho “Transparência e Integridade” da Rede Advocacy Colaborativo (RAC).
Fonte: https://blogdotarso.com
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