Os preços dos combustíveis atingiram as alturas
e no continuar da guerra entre a Rússia e Ucrânia poderá haver uma disparada
maior, e no pais com uma política que corresponde aos interesses de
investidores, na maior parte de norte-americanos, com verdadeiro desmonte da
Petrobras, quando o Brasil é dependente do modal rodoviário para transporte de
passageiros e de cargas, constitui uma política que não atende aos interesses
nacionais.
A política iniciada por Michael Temer foi dado continuidade pelo
atual governo federal, e quando pressionado, sai pela tangente colocando a
culpa nos governadores em face dos impostos estaduais ou então no retrovisor da
administrações passadas, todavia, em nenhum momento coloca o dedo na questão
fundamental, a política para os preços dos combustíveis adotada pela Petrobras,
mesmo que seja contrário aos interesses nacionais.
A Petrobras contínua uma das maiores empresas do segmento na
esfera internacional, que poderia estar equilibrando a economia brasileira em
todos os seus condicionantes, no entanto, não se fala em mudar a política dos
preços de combustíveis, como se não houvesse dependência com o transporte
rodoviário, como se não estivesse colocando em risco o equilíbrio histórico
proporcionado pelo plano real, iniciado no governo Itamar Franco e dado
sequência nos demais governos.
No país o transporte de massa é de uma fragilidade a toda prova,
sem os grandes centros contar com um modal ferroviário adequado, que de fato
atendesse a demanda, ficando no transporte de ônibus e vans, com frotas
envelhecidas e no horários de maior fluxo transportando os cidadãos de maneira superlotada,
fora da dignidade humana e agora diante do aumento do diesel pressionando para
aumentar as tarifas, que a população assalariada e subempregada não tem
condições de pagar.
Está situação não pode perdurar, o Congresso não pode aprovar um
projeto de lei para favorecer uma situação, apenas de longo prazo, e sim, mesmo
em um período eleitoral, deixando as diferenças de lado e de forma republicana,
buscar com a participação do governo uma solução que seja para breve, pois as
camadas médias e assalariadas não suportarão aumentos sucessivos de preços, com
a possibilidade de estragos na economia de forma irreparável, depois de toda a
crise decorrente da pandemia, que diga de passagem, ainda não acabou e contínua
vitimando de morte uma multidão de pessoas, conforme os noticiários correntes.
A política de preços dos combustíveis e soluções paliativas,
deixando de assumir quem de fato tem responsabilidade para procurar uma saída
dentro dos interesses nacionais, que de fato beneficie a população e a economia
como um todo, não permitindo a subida dos preços com efeito cascata, parando o
giro inflacionado, constitui uma questão de compromisso com os interesses
nacionais e de rigorosidade ética, que o atual momento conjuntural exige.
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