Em trégua há mais de um mês com o Judiciário, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode ter perdido uma parcela de apoiadores mais radicais, mas auxiliares diretos dizem acreditar que sua versão “paz e amor” deve trazer votos da centro-direita na campanha de 2022.
A avaliação entre interlocutores no Planalto é que não deve haver um candidato competitivo da chamada terceira via no próximo pleito. As eleições, apostam eles, deverão ser polarizadas entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Com o novo tom, auxiliares avaliam que Bolsonaro pode se apresentar nas eleições como alternativa palatável a eleitores da centro-direita. A expectativa é que, caso nenhuma opção da terceira via decole, esse público acabará abraçando Bolsonaro diante da possibilidade da volta do ex-presidente Lula.A principal aposta é tentar reeditar 2018, quando o mandatário se beneficiou do antipetismo disseminado entre esses eleitores.
Ainda segundo assessores, o incômodo que apoiadores mais radicais manifestaram após o recuo de Bolsonaro nos ataques contra as instituições não gera maiores preocupações para a eleição.
A avaliação é que esses eleitores não terão opção a não ser votar em Bolsonaro —ainda mais em um cenário em que o principal oponente deve ser Lula.
A estratégia desenhada no Planalto está refletida em uma publicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente.
O congressista compartilhou nas redes sociais um postagem de Bolsonaro, sobre itens que tiveram impostos federais zerados, como rádios e telas de LCD, e junto dela escreveu: “E os ‘liberais’ da ‘3ª via’ ficam como…”.
Um dos maiores desafios para conquistar o voto dessa parcela do eleitorado, admitem os interlocutores, é justamente o grande obstáculo do mandatário nas urnas: reverter o grave quadro de crise econômica e conter o aumento de preços.
Crise econômica
Para a população mais pobre, o caminho traçado pelo governo é destravar o lançamento do sucessor do Bolsa Família, o chamado Auxílio Brasil.
Mas Bolsonaro também tem tentado se recolocar no cenário político como representante de credenciais liberais. Recentemente, ele disse ter vontade de privatizar a Petrobras.
“Já tenho vontade de privatizar a Petrobras, tenho vontade. Vou ver com a equipe da Economia o que a gente pode fazer”, afirmou na quinta-feira (14).ado como um possível nome para abrir palanque para Bolsonaro —apesar de ele não ser totalmente alinhado ao Planalto. Com reportagem da Folha.
Fonte: diariodocentrodomundo.com.br
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