Carlos Bolsonaro rebate versão de porteiro do condomínio de seu pai, Jair Bolsolnaro
Segundo o colunista Lauro Jardim, novidades na investigação do caso Marielle apontam que o porteiro que prestou depoimento e anotou no livro o número 58 (o da casa de Jair Bolsonaro) não é o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no áudio divulgado pelo vereador em um vídeo nas redes sociais
247 - Uma das grandes contradições da investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), especialmente no envolvimento do nome de Jair Bolsonaro, é a anotação feita por um porteiro do condomínio Vivendas da Barra - onde o atual chefe do Planalto tem duas residências - de que o ex-PM Élcio de Queiroz teria anunciado a casa 58 (de Jair Bolsonaro) para entrar no local no dia do crime.
Élcio de Queiroz é apontado como motorista do veículo que operou os assassinatos de Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018. Horas antes dos assassinatos, chegou ao condomínio e, de acordo com uma anotação feita num caderno por um dos porteiros, que prestou depoimento no caso, chamou pela casa 58, mas ao entrar, se direcionou para a residência de Ronnie Lessa, outro ex-PM acusado de ser o autor dos disparos.
Em seu depoimento à polícia, o porteiro declarou que, ao ligar para a casa 58, teve a liberação de "seu Jair" para a entrada de Élcio. Neste dia, Jair Bolsonaro, então deputado federal, estava em Brasília.
No dia seguinte a uma reportagem do Jornal Nacional revelando o envolvimento do nome de Bolsonaro na investigação, por meio do depoimento do porteiro, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, divulgou um vídeo nas redes sociais demonstrando que, de acordo com os registros da portaria do condomínio, o porteiro telefonou para a casa 65 (de Ronnie Lessa) e teve a liberação do próprio para que o veículo de Élcio pudesse entrar.
Novidades na investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro agora revelam, de acordo com o colunista Lauro Jardim, que "o porteiro que prestou depoimento e anotou no livro o número 58 (o da casa de Jair Bolsonaro) não é o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no áudio divulgado por Carlos Bolsonaro e periciado em duas horas pelo Ministério Público. Trata-se de outro porteiro".
"O porteiro que prestou os dois depoimentos em outubro — e disse ter ouvido o o.k. do 'seu Jair' quando Élcio Queiroz quis entrar no condomínio — ainda está de férias", informa ainda o colunista.
Fonte: Brasil 247
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