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Por Robson Pires
Alçado de partido nanico a protagonista da política brasileira após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, o PSL vive um cenário de rachas internos em suas bases nos estados.
O clima de disputa é escancarado com embates públicos na imprensa, em redes sociais e até mesmo em brigas com trocas de socos entre integrantes do partido.
O PSL tem 271,7 mil filiados, três governadores, quatro senadores e 54 deputados federais. Em 2018, elegeu ainda 76 deputados estaduais, em 21 estados.
No Rio Grande do Norte, onde o deputado estadual Coronel André Azevedo deixou o partido e o vereador em Natal Cícero Martins promete tomar o mesmo caminho.
Martins diz que o PSL potiguar vive um cenário de “ditadura partidária” e compara o diretório local do partido a um quartel.
“Eles agem como se estivessem no Exército, com decisões de cima para baixo. Sou uma pessoa democrática, que quer ser ouvida. Esse negócio de bater continência e dizer ‘sim senhor’ não é para mim”, afirma o vereador.
O núcleo duro do partido é formado pelo coronel Hélio Oliveira, o general Araújo Lima e o brigadeiro Carlos Eduardo da Costa —todos são aliados do deputado federal e general da reserva Eliéser Girão.
O deputado Coronel Azevedo diz que deixou o PSL por discordar da condução do partido, mas negociou uma saída consensual: “Seguirei ajudando o presidente Bolsonaro”. Procurado, Hélio Oliveira não quis comentar as críticas.
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