O 2º Encontro Nacional de Igualdade Racial da CTB começou nesta sexta-feira (28), na Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), em Belo Horizonte, com o tema “Dilemas e desafios da Igualdade Racial, as relações políticas e de trabalho”. Cerca de 200 representantes de diversos sindicatos e organizações sociais de vários estados do Brasil participam do evento que termina neste sábado (29). De acordo com a secretária de Formação e Cultura da CTB, Celina Arêas, o encontro pretende debater e deliberar sobre a luta antirracista e dar formação política. Ela coordenou a mesa de debates no primeiro dia do encontro e considerou “uma vitória, porque o debate a respeito da conjuntura política nacional e da luta contra o racismo dá um salto na formação da consciência política e do entendimento que a luta antirracista é também contra o sistema capitalista”.
A secretária de Promoção da Igualdade Racial da CTB, Mônica Custódio, também comemora o primeiro dia do encontro. “Estava previsto para terminar às 18 horas, mas o debate ficou tão intenso e dinâmico que só terminou às 20h30, sem que ninguém manifestasse desejo de sair do plenário”, acentua. Ao fazer uma intervenção durante o debate, Mônica destacou que, hoje, “a população negra, na sua grande maioria de trabalhadores formais e informais, constitui a massa de maior valor em nosso país e continua sendo a construção política e econômica da nossa nação. E nós da CTB conhecemos e reconhecemos a importância de trabalharmos na superação das diversas formas de discriminação e racismo e em parceria com outros setores do movimento social, em especial, o movimento negro”.
Para o vice-presidente nacional da CTB, Nivaldo Santana, não é possível falar em democracia com desigualdade racial e, principalmente, nesse momento de crise econômica mundial, que afeta também o Brasil, é necessário que toda a sociedade se preocupe com esta realidade. “A CTB tem clara compreensão que vivemos um momento complexo de radicalizado da luta política no país. As forças conservadoras não se conformam com a quarta derrota eleitoral seguida e procuram maquinar no sentido de inviabilizar a continuidade deste ciclo progressista inaugurado com o governo Lula. Nós da CTB defendemos a democracia, somos contra toda maquinação golpista, mas não abrimos mão da defesa dos direitos dos trabalhadores e dos direitos sociais e da luta pela retomada do crescimento econômico. O Brasil é um país de dimensões continentais, com mais de 200 milhões de habitantes, tem um conjunto de forças vivas na nação capazes de impulsionar o nosso desenvolvimento. O Brasil precisa crescer, se desenvolver com valorização do trabalho, com distribuição de renda e com democracia”, reforça.
De Belo Horizonte,
Nanci Alves para o Portal CTB
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