sexta-feira, 16 de abril de 2021
Eduardo Marinho: “O nosso atual modelo de sociedade está agonizando”
O artista plástico citou a atual "lógica
do consumo" e a "produção sempre centrada no lucro" como alguns
dos problemas que inviabilizam o sistema capitalista. “Eu não saberia precisar
quando, mas esse modelo não se sustenta mais por muito tempo”, disse em entrevista
à TV 247. Assista;
O artista plástico citou a atual "lógica do consumo" e a "produção sempre centrada no lucro" como alguns dos problemas que inviabilizam o sistema capitalista. “Eu não saberia precisar quando, mas esse modelo não se sustenta mais por muito tempo”, disse em entrevista à TV 247. Assista.
247 - O programa “Um Tom de resistência”, apresentado por Ricardo Nêggo Tom na TV 247, recebeu o ativista social e artista plástico Eduardo Marinho. Oriundo da classe média alta e filho de um ex-coronel do Exército, Eduardo, que também chegou a ingressar nas fileiras militares antes de optar por uma ideologia de vida mais humanista e menos capitalista, viveu a realidade de morar nas ruas, onde, segundo ele, pôde conhecer melhor o ser humano e a sua verdade sob a estrutura social que vivemos.
Para Eduardo, “o que falta é consciência da realidade. Mas há um trabalho muito minucioso, uma estruturação social para impedir essa tomada de consciência. Eu não saberia prever em quanto tempo, mas esse atual modelo de sociedade está entrando em agonia. Essa lógica do consumo e descarte em massa está inviabilizando a vida no planeta. A produção sempre centrada no lucro, sem se preocupar com o envenenamento das águas, das terras, dos ares. Isso é um crescendo que não tem como seguir indefinidamente. Vai chegar num ponto em que ficará insustentável”.
Eduardo entende que a sociedade ainda está “em processo de humanização”, o que levaria algum tempo para que essa necessária reestruturação se configurasse. “O tempo histórico leva gerações. É ilusão a gente pensar que no espaço de uma vida, de umas poucas décadas, nós veremos mudanças significativas na humanização da sociedade. Existe todo um processo. Nesse tempo de agonia, que podemos chamar de morte do atual modelo, vai se preparando o nascimento de um outro modelo de sociedade. Agora, o que será necessário para isso acontecer, eu não sei. Mas já chegamos à conclusão de que a coisa é séria. Tem muitas outras coisas acontecendo no planeta, por trás da cena pandêmica que estamos acompanhando, onde já chegamos a quatro mil mortos por dia, que não está sendo falada. Enquanto estamos sob esse impacto da pandemia, as calotas estão derretendo. Já se soltou um bloco de gelo da Antártida, do tamanho do norte da Grã Bretanha. Cientistas preveem que nesse derretimento o nível do mar vai subir assustadoramente. É mais um impacto negativo que se fará presente dentro dessa atual estrutura”.
Perguntado se seria possível uma reestruturação social pós-pandemia, seguindo a ideologia neoliberal vigente que prega o estado mínimo, mas cujos governantes defensores do modelo desfrutam do máximo que esse mesmo estado pode lhes oferecer, Eduardo analisa que “os neoliberais pregam estado mínimo para o povo, mas querem o estado máximo no apoio aos financiamentos, às empresas, aos bancos. Veja a dificuldade com que o governo liberou o auxílio emergencial, que é um valor ridículo, uma mixaria vergonhosa, e a facilidade com que liberou milhões para os bancos. Sem consulta, sem debate e sem dizer não. Nisso, percebemos que quem está no poder são os bancos e o governo está submetido, sequestrado pelo poder econômico e financeiro. Esses personagens de agora deixam isso mais transparente. Estamos à beira de uma tragédia.”
Instigado a fazer uma comparação entre os governos de Lula e a atual gestão Bolsonaro, Eduardo Marinho fez uma analogia dizendo que Lula foi o “capataz” bonzinho, cujo estilo é melhor para os mais pobres, mas não pode libertá-los da escravidão. “Estamos numa fazenda de ‘escravos’, cujos donos são os banqueiros internacionais que têm a elite local como cúmplice. Em todos os países que foram colonizados, a elite local é quem trai a sua nação por ter admiração pelo colonizador e desprezo pelo seu próprio povo. A elite que protesta na Venezuela e na Bolívia é a elite branca que protesta em inglês. No Brasil, quem derrubou o PT usando o pato da Fiesp como símbolo foi essa mesma elite branca, cuja mentalidade é colonizada e se sente superior ao resto do povo. O PT caiu pelas virtudes e não pelos defeitos. Quando preto começou a entrar na universidade e pobre começou a frequentar aeroporto, essa elite se incomodou”, explicou.
Outros temas como racismo e a influência das religiões neopentecostais na política brasileira também foram abordados durante a entrevista.
segunda-feira, 12 de abril de 2021
EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL DO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN - DIA 29 DE MAIO DE 2021
Centro Potiguar de Cultura – CPC-RN
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
O Centro Potiguar de Cultura – CPC-RN CONVOCA todos os delegados eleitos para participarem da ASSEMBLÉIA GERAL, que realizará dia 29 de maio de 2021 na Escola Estadual ALBERTO MARANHÃO – NOVA CRUZ-RN, horário das 08h, às 11h, com as seguintes pautas: 1) Abertura – Composição da Mesa-Apresentação Cultural e Informes; 2) Prestamento de conta; 2017-2020; 3) Conjuntura Nacional e Estadual; 4) Cultura e 5) Eleição da diretoria 2021-2023 – Posse e encerramento.
Desde já ficam CONVOCADOS todos os delegados eleitos democraticamente para este fim.
EDUARDO HENRIQUE FÉLIX DE VASCONCELOS
Presidente do Centro Potiguar de Cultura – CPC-RN
Obs. Edital Publicado no DOE-RN, 29 de janeiro de 2021
Domingo com Cinema: 'Toda nudez será castigada', de Nelson Rodrigues, direção de Arnaldo Jabor. Na íntegra - Blog do MELO
O filme é de 1972. Tem uma atuação marcante e sensacional de Darlene Glória, e mais:
Paulo Porto .... Herculano
Paulo Sacks .... Serginho
Paulo César Pereio .... Patrício
Isabel Ribeiro .... tia
Hugo Carvana .... delegado
Henriqueta Brieba .... tia
Elza Gomes .... tia
Sérgio Mamberti .... Odésio
Mania de perseguição - Por Andrea Nogueira
Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade, É CRIME. Pelo menos é o que reza a Lei nº 14.132 de 31 de março de 2021.
“Tem que mudar objetivo da CPI”, diz Bolsonaro em telefonema a Jorge Kajuru
O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) revelou neste domingo uma conversa que teve com o presidente Jair Bolsonaro a respeito da CPI da covid. Em uma conversa de cerca de seis minutos, Bolsonaro disse que o escopo da CPI será apenas de investigação contra o governo federal, e cobrou que governadores e prefeitos sejam chamados para prestar satisfações.
Fonte: Congresso Em Foco
sexta-feira, 9 de abril de 2021
07 de abril - Dia do Jornalista
Jornalista Líbero Badaró Líbero Badaró
Instituído pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Dia do Jornalista é comemorado em 07 de abril.
O Dia do Jornalista, comemorado em 7 de abril, foi instituído em 1931, por decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como homenagem ao médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró, morto por inimigos políticos em 1830.
Líbero Badaró, como era mais conhecido, era um oposicionista ao imperador D. Pedro I e foi o criador do Observatório Constitucional, jornal independente que focava em temas políticos até então censurados ou encobertos pelo monarca. Badaró era defensor da liberdade de imprensa e morreu em virtude de suas denúncias e de sua ideologia que contrariava os homens do poder.
A morte de Badaró alimentou ainda mais a crise que começava a se instaurar no império de D. Pedro I. A revolta de populares e políticos que eram contra a repressão do monarca tornaram sua permanência no poder cada vez mais perigosa, uma vez que atos violentos estavam acontecendo frequentemente. Esse foi um dos fatores que levaram à renúncia de D. Pedro em 7 de abril de 1831.
A criação da ABI
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) foi criada para representar e assegurar aos jornalistas seus direitos e legitimar sua profissão. A data escolhida para sua criação oficial foi o dia 7 de abril de 1908, haja vista o seu caráter histórico e importância para a liberdade de imprensa.
A ABI foi idealizada pelo jornalista Gustavo de Lacerda, que acreditava que os jornais deveriam funcionar como cooperativas com uma missão social de informar e levar conhecimento à população. Sua ideologia era contrária ao jornalismo praticado até então, cujos veículos eram empresas que visavam ao lucro, e a notícia era apenas uma mercadoria. Tal posição fez com que a associação enfrentasse certa resistência e até boicotes por parte dos grandes empresários, fator que levou a uma maior demora na consolidação da entidade.
Leia também: O que são Fake News?
Uma profissão e suas diferentes comemorações
Apesar de o dia 7 de abril ser a principal data brasileira de homenagem aos jornalistas, outros dias também homenageiam tal profissional. Confira abaixo as principais datas:
- 29 de janeiro: refere-se à morte do jornalista e abolicionista José do Patrocínio;
- 16 de fevereiro: Dia do Repórter;
- 3 de maio: Dia da Liberdade de Imprensa, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993;
- 1º de junho: Dia da Imprensa. Essa data faz referência ao início da circulação do primeiro jornal no Brasil, o Correio Braziliense, editado por Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, em Londres.
O Dia do Jornalista, assim como suas áreas de atuação, varia conforme o país. Nos Estados Unidos, por exemplo, comemora-se em 08 de agosto. Já na China a data escolhida foi 08 de novembro.
Jornalismo no Brasil
O primeiro jornal brasileiro não era produzido no Brasil. O Correio Braziliense foi criado em 1º de junho de 1808 pelo jornalista Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, em Londres. Sua circulação encerrou-se em 1º de dezembro de 1822.
Os custos de produção dos primeiros jornais eram altos, e a tiragem era de poucos exemplares, já que a maior parte da população brasileira era analfabeta. O conteúdo dos semanários tinha um caráter predominantemente opinativo.
A imprensa brasileira passou a se desenvolver e se tornar mais popular com a abolição da escravatura, os avanços na educação básica, o barateamento dos custos de produção e possibilidade de inserção de imagens nos semanários, que depois se tornaram periódicos.
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas
STRAF DE NOVA CRUZ-RN CONVIDA VOCÊ A AMANHÃ (10) SINTONIZAR NA RÁDIO CURIMATÁU E ASSISTAM O PROGRAMA DO SEU SINDICATO!
Bom tarde! Estamos convidado todos os sócios, sócias, aposentados, pensionistas rurais e toda população em geral para amanhã acompanharem e participarem do Programa de Rádio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Nova Cruz/RN, "A VOZ DO TRABALHADOR" que vai ao ar das 11:00 horas até 12:30 horas, nas ondas da Radio Curimataú 103,9, também ao vivo pelo facebook: strafnovacruz@hotmail.com e pelo Instragram: straafnovacruzrn, não percam.
Presidente: EDMILSON GOMES DA SILVA, popularmente conhecido como NEGÃO!
quarta-feira, 7 de abril de 2021
EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL DO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN
Centro Potiguar de Cultura – CPC-RN
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
O Centro Potiguar de Cultura – CPC-RN CONVOCA todos os delegados eleitos para participarem da ASSEMBLÉIA GERAL, que realizará dia 29 de maio de 2021 na Escola Estadual ALBERTO MARANHÃO – NOVA CRUZ-RN, horário das 08h, às 11h, com as seguintes pautas: 1) Abertura – Composição da Mesa-Apresentação Cultural e Informes; 2) Prestamento de conta; 2017-2020; 3) Conjuntura Nacional e Estadual; 4) Cultura e 5) Eleição da diretoria 2021-2023 – Posse e encerramento.
Desde já ficam CONVOCADOS todos os delegados eleitos democraticamente para este fim.
EDUARDO HENRIQUE FÉLIX DE VASCONCELOS
Presidente do Centro Potiguar de Cultura – CPC-RN
Obs. Edital Publicado no DOE-RN, 29 de janeiro de 2021
terça-feira, 6 de abril de 2021
DESTRUIÇÃO DOS CORREIOS E SERVIÇOS PÚBLICOS PREJUDICA TRABALHADORES, SUAS FAMÍLIAS E A POPULAÇÃO - "Vale a pena lê de novo!" - Eduardo Vasconcelos
A política econômica do governo que está impondo seu projeto ultraliberal, sua doutrina neoliberal selvagem já aplicada no Chile, de acabar com todos os serviços prestados à população e com todas as estatais para entregar tudo ao mercado, aos empresários, deixando os trabalhadores com menos direitos e suas famílias na miséria!
O resultado disso é desastroso. Imagine educação do básico ao universitário e saúde só particulares, privados. Mesma coisa para aposentadoria e serviços de emissão de documentos. Bem como Correios. Além do petróleo, dos combustíveis e do gás, deixando o país ainda mais refém dos preços internacionais. E o fim de todos os direitos trabalhistas e da justiça do trabalho.
Um olhar cuidadoso para o Chile mostra o drama que é criado com o tempo. O resultado só pode ser a explosão da população empobrecida, sem direitos trabalhistas, sem saúde e educação, sem aposentadoria, sem emprego, sem nada!
O privado é melhor que o público?
Guedes quer o fim do estado como provedor de serviços e gerente de empresas estatais. Sua doutrina diz que a iniciativa privada regula tudo melhor. Garante o crescimento, o desenvolvimento e o emprego. Por isso quer vender tudo para as empresas, para o mercado.
Essa ideia de que a iniciativa privada garante qualidade, melhores serviços, regulação, crescimento, emprego é pura falácia!
O mercado capitalista e as empresas que o encabeçam almejam sempre o lucro. Por isso reduzem tudo a números. As pessoas de carne, osso e sentimentos desaparecem. O que interessa é reproduzir e aumentar o dinheiro. Se isso não ocorrer, não interessa o direito de ninguém. As empresas farão de tudo para manter a lucratividade e ampliar a acumulação de capital.
O ultraliberalismo de Guedes cria a lei da selva. Cada um por si. O mais forte impondo o que interessa. Ou seja, o mais rico, maior, mais poderoso impondo sua vontade. Enquanto estiver dando certo, com o país em crescimento e os ricos ganhando muito, os mais pobres receberão migalhas e não reclamarão. Mas quando vier a crise, que sempre vem no capitalismo, o desemprego, a fome e a miséria explodem!
É necessário lutar
Por isso os trabalhadores e trabalhadoras precisam entender a realidade, se unir e lutar contra a venda da ECT e de todas as estatais, contra a privatização da saúde e da educação, contra o fim dos serviços públicos prestados ao povo, contra o esvaziamento do estado.
Governo mente sobre os Correios para justificar a venda
Os Correios mantêm suas operações e investem em melhorias com recursos próprios, sem depender de dinheiro público e nem onerar a população que paga impostos.
Os Correios sempre deram lucros e repassaram dividendos ao Governo Federal.
A retirada excessiva de dividendos pelo Governo Federal nos últimos anos – entre 2011 e 2016- calculada em R$ 6 bilhões comprometeu os resultados. Mas a empresa ampliou serviços, se recuperou e deu lucro em 2017, de R$ 667 milhões, em 2018, de R$ 161 milhões, e 2019 a previsão é de recorde de lucratividade e receita.
Num país enorme e com dificuldades logísticas, ter uma empresa de Correios auto-sustentável e eficiente é um feito a ser comemorado, pois o governo pode aplicar seus recursos em outras frentes, como a saúde, a educação e a segurança, satisfazendo toda a sociedade.
Trabalhador (a) se engaje nessa luta e defenda seu emprego, direitos e sua família!
Fonte: CTB NACIONAL
“É a maior perda de brasileiros depois da escravidão e genocídio indígena”, alerta Miguel Nicolelis em Papo NINJA
O que podemos esperar do futuro da pandemia no Brasil de Bolsonaro? Para o neurocirurgião Miguel Nicolelis e a cientista social Mariana Varella, convidados do Papo NINJA desta segunda-feira, há que se dimensionar a situação fora de controle do país para mensurar o que o país viverá nos próximos anos em relação aos efeitos da crise sanitária com a Covid-19. “Esse é um vírus que não podemos pegar, também porque ainda não conhecemos suas sequelas”, disse Mariana. O debate ocorreu ao vivo no Instagram, nesta segunda-feira (5), com o tema “Vacina Já”, sinalizando para uma medida crucial para o combate à pandemia, a imunização, mas que ainda deixa a desejar.
“Hoje nós já voltamos a vacinar apenas 500 mil pessoas em um dia, quando estávamos vacinando um milhão”, lembra Nicolelis. Ele lembrou do caso chileno, país que vacinou mais pessoas no Brasil mas não efetivou o lockdown em paralelo. “Hoje eles veem a consequência disso e precisaram reverter o bloqueio em Santiago e outras grandes cidades. Isso mostra como não adianta fazer somente uma política e esquecer outra”.
Para o neurocirurgião, há uma fórmula básica que deveria orientar as políticas públicas de combate a pandemia: coordenar, isolar, bloquear e vacinar. Mariana concorda que até mesmo o lockdown por si só não deveria ser uma medida isolada. “Deveria haver um centro de contingência com medidas coordenadas. E as medidas de amparo socioeconômico fazem parte, pra que as pessoas consigam ficar em casa. A gente está com um falsa sensação de que estamos salvando a economia quando deixa o vírus correr solto, e não está”.
Mariana, que estuda comunicação de risco em pós-graduação em saúde pública, alerta para a falta de comunicação enquanto política. “No Brasil nós fizemos tudo ao contrário do que dita toda a literatura sobre comunicação de risco. A gente não teve comunicação de risco efetivo, nem sequer uma campanha básica pedindo para as pessoas usarem máscara”, disse. “Na falta dessa comunicação, ficou a cargo da imprensa e dos especialistas, médicos e cientistas que acabaram fazendo, por conta própria, esse trabalho. Além de não fazer, o governo jogou contra”.
Virada demográfica
O Brasil já apresenta uma previsão de 500 mil mortos pra junho e julho, validado em pesquisa da Universidade de Washington, o que os cientistas brasileiros já falavam há um mês conforme certifica Nicolelis. Nesses números há uma dimensão preocupante, na visão do neurocirurgião, que precisa ser estudada.
“É a primeira vez na história do Brasil que podemos ter um mês em que o número de óbitos vai superar o número de nascimentos”, disse Nicolelis.
“A média de 2019 que era de 126 mil nascimentos a mais do que óbitos por mês. No ano passado essa diferença na média caiu pra 96 mil. Em janeiro e fevereiro desse ano a média caiu pra 70 mil, e em março caiu pra 47 mil. É metade da média do ano de 2020”, alertou. “Se a previsão de 100 mil mortes por Covid ocorrer em abril, que é a previsão corrente de várias fontes, teremos o primeiro mês com número de óbitos passando o número de nascimentos na história do país. Ou seja, um efeito estrutural que só terá efeito daqui a 30 anos”.
Se a previsão perdurar, teremos pela primeira vez na história uma inversão da pirâmide demográfica brasileira e a perda do chamado bônus demográfico, que um dos poucos países do mundo tem. Cidade como Rio de Janeiro e Uberlândia já negativaram a diferença. “Uberlândia é uma história à parte, pois se morre mais em Uberlândia do que cada um de 9 diferentes estados brasileiros. O Brasil pode estar virando um grande Japao do ponto de vista demográfico por falta de ação adequada do governo brasileiro”.
Jean Paul: ´Bolsonaro não quer trabalhar e ainda atrapalha o combate ao Covid`
O senador potiguar Jean Paul Prates em vídeo gravado e divulgado em suas redes sociais, mandou um recado direto para o presidente Jair Bolsonaro. "Presidente, definitivamente não estamos passando por uma gripezinha e as famílias de mais de 330 mil brasileiros sabem bem disso. O senhor vai passar para a história como um dos maiores responsáveis por essa tragédia. Errou no diagnóstico da doença e erra também nos remédios a serem utilizados", disse.
Contando Histórias, Revelando Tradições lançará oficinas em multimídia
O documentário “Contando histórias, revelando tradições” contará tudo sobre a metodologia de encenação virtual e sobre as oficinas de teatro de formas animadas e contação de estórias.
Aprovado com data marcada para estrear na segunda-feira (5), o projeto “Contando histórias, revelando tradições” além de lançar as oficinas de contação de estórias e teatro de formas animadas, via plataforma web no Portal de Artes MeVer, lançará até 30 de abril, um documentário sobre o processo de encenação virtual.
Como o projeto foi proposto no Edital Nº 07/2020 – Concurso Prêmio Encontro das Artes – Lei Aldir Blanc/Teatro e tem por objetivo promover ações emergenciais de enfrentamento ao SARS-CoV-2 (Covid-19), promovido pelo Governo Federal, Governo do Amazonas, Secretaria de Cultura e Conselho Municipal de Cultura, no interior, e a cidade contemplada foi Novo Aripuanã, mas pela situação crítica de crise com a pandemia que assola o país, as oficinas serão transmitidas via página web do portal MeVER, um portal de transmissões de espetáculos: www.mever.com, a ideia do documentário é filmar toda a adaptação das oficinas de contação de histórias para o ambiente virtual.
Para o diretor do documentário, Pedro Gonçalves, o teatro sempre existiu e, como arte, teve uma expressão fundamental para a vida das pessoas. “Antes da pandemia, tínhamos um motivo para fazer arte. Agora com a pandemia, temos mais razões para fazê-la. E o problema é como. Neste contexto, os artistas estão universalizando as novas tecnologias para de alguma forma fazer com que a arte chegue às pessoas via internet, streaming ou rádio, estão experimentando novas possibilidades e o cinema os ajuda neste registro histórico”, diz Pedro Gonçalves.
Segundo a coordenadora geral do projeto, Vanessa Bordin, o foco do documentário é servir como material didático que contribua com artistas, estudantes e pesquisadores da área. “A ideia era registrar a experiência em Novo Aripuanã, agora com a mudança de planos, o documentário fará o registro da nova metodologia, adequando algo pensado de modo presencial para o espaço virtual”.
O comunicador autônomo, Henrique Lucas, que é um dos cineastas que atuam na execução da cena documental, afirma que aborda os bastidores de produção e também os processos criativos que envolveram a reorganização de logísticas para contação de histórias online. “Além disso, o documentário irá um pouco mais fundo, entrevistando estudiosos do assunto e fomentando o debate acerca das alterações que a pandemia do novo coronavírus trouxe as nossas vidas e às artes cênicas de uma maneira geral”.
As oficinas acontecerão via Google Meet. O público prioritário é o de Novo Aripuanã, mas agora em espaço virtual pessoas de todo o Brasil e do mundo podem assistir e interagir com as Oficinas de Contação de Histórias “Contando histórias, revelando tradições”, pelo chat no YouTube.
As pessoas envolvidas no projeto são desde atores, contadores de histórias, oficineiros, produtores audiovisuais e de mídia. O tema das oficinas propriamente ditas será a contação de histórias – e neste caso histórias e não estórias porque, como revela Vanessa Bordin, trata-se de uma abordagem de narrativas sobre as tradições indígenas das culturas locais – e o teatro de formas animadas, pensados agora para o espaço virtual. “Nossa finalidade é humanizar esse espaço digital, trazendo uma experiência poética aos participantes que possam ouvir, contar e criar histórias ao lado de seus familiares, dentro de suas casas compartilhando com pessoas de diferentes lugares. Tornando o espaço virtual um espaço de aproximação e troca”, afirma Vanessa Bordin.
Teatro e pandemia
Para Henrique Lucas, o documentário traz à cena o que tem de novo nessa metodologia para a ‘cena teatral’ em tomada de takes virtuais: a manutenção dos principais aspectos das artes cênicas: os afetos e a busca pela catarse cênica, em meio ao universo do isolamento social, via plataforma web. “O documentário é sobre este problema, a busca pela solução de um desafio”, afirma. “Com o Covid-19, surge o desafio de continuar fazendo teatro em meio a um universo de isolamento social, de distanciamento afetivo e de endemia geral”, afirma e acrescenta:
“Cabe ao artista cênico encontrar novas formas de manter algumas características teatrais, pilares de construção do formato, frente a esse novo contexto. A efemeridade cênica não se dá mais pela presença ao vivo, mas pela transmissão ao vivo e em contraposição ao uso de câmeras para gravação. É preciso encontrar os pontos de equilíbrio para que o teatro continue sendo teatro e não se torne mais uma produção audiovisual como qualquer outra. A novidade metodológica é a adaptação da quarta parede do palco para a quarta parede da tela”.
Para explicar o novo dispositivo, Henrique Lucas relata detalhadamente a inovação artística do tipo de abordagem cênica: “a inovação está no dispositivo cênico que está sendo moldado para uma reformulação do espaço cênico. A iluminação é diferente, os objetos cênicos e figurinos são distintos. A interatividade é mais importante do que nunca e ela não se dá no formato humano-humano, ele transcorre no formato humano-tela”.
Sobre a temática, os diretores do documentário, Vanessa Bordin e Pedro Gonçalves afirmam que irá abordar o teatro e as novas tecnologias no contexto da pandemia. “É inevitável que a situação que nós artistas estamos vivendo agora não seja abordada de alguma forma durante o filme. Certamente o tema passa por este lugar onde como os artistas cênicos, vem utilizando as novas tecnologias e como as novas tecnologias se relacionam com o fazer teatral”.

Amazônia em foco
Apesar do projeto ser executado em plataforma virtual, a ideia é manter o foco em Novo Aripuanã, uma região marcada pelo conflito de terras, pelas invasões, grilagens que atingem os povos tradicionais. Afirma Henrique Lucas: “dificilmente qualquer artista na atualidade consegue manter-se afastado de um posicionamento ideológico e político. Ser artista já é por si só uma tomada de posicionamento. Obviamente a situação das queimadas na Amazônia é apenas um reflexo da atual situação política nacional, que precisa ser deveras sinalizada, inclusive por conta do próprio Covid-19. Além do mais, não podemos esquecer que a própria lei Aldir Blanc solicita que as produções realizadas com suas verbas apresentem cunho social de cidadania. É dever cidadão utilizar nossa arte para o movimento de melhoria social”.
Fonte: Portal BRASIL CULTURA