quarta-feira, 8 de novembro de 2017

TEMER AMPLIA POBREZA COM AUMENTOS DO GÁS E DA LUZ _+_+_Temer se diz só e abandona reformas. Bolsa desaba



Os sucessivos aumentos de preço do gás de botijão promovidos pelo governo já corroem a renda das família mais pobres; o gás de botijão foi o que mais aumentou desde o início do governo de Michel Temer, quando a Petrobras passou a acompanhar mais de perto as cotações internacionais do óleo; preço do produto nas refinarias já subiu 66,1% desde que o peemedebista chegou ao poder; "O gás de botijão é o principal combustível das famílias de baixa renda, que já vêm sofrendo também com o preço da energia", diz André Braz, economista da FGV; aumento do preço do gás também é fruto da política de cortar subsídios concedidos na gestões petistas; o preço do produto ficou congelado durante 13 anos, entre 2002 e 2015

247 - A disparada do preço do gás de botijão nos últimos meses já corrói a renda das famílias mais pobres. Há preocupação agora com relação aos repasses às bombas dos preços da gasolina e do diesel, que vêm experimentando sequência de forte alta nas últimas semanas.

O gás de botijão foi o que mais aumentou desde o início do governo de Michel Temer, quando a Petrobras passou a acompanhar mais de perto as cotações internacionais do óleo.

De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço do produto nas refinarias subiu 56% desde a semana anterior à posse de Temer. O dado, porém, não considera o último reajuste anunciado pela empresa na sexta (3), de 6,5%, o que elevaria a alta para 66,1%.

Ao lado da conta de luz, o gás de botijão tem sido um dos maiores fatores de pressão no IPC-C1, índice da FGV que mede a inflação das famílias que ganham entre R$ 937 a R$ 2.342.

"O gás de botijão é o principal combustível das famílias de baixa renda, que já vêm sofrendo também com o preço da energia", diz André Braz, economista da FGV. A conta de luz, por sua vez, subiu 4,16% em outubro, pressionada pelo uso de térmicas.

Gás e energia consomem 6,5% no orçamento das famílias de baixa renda. Neste ano, segundo a FGV, os reajustes elevaram em quase 11% os gastos delas com os dois produtos.

O aumento é fruto também da política de cortar subsídios concedidos na gestões petistas. O preço do produto ficou congelado durante 13 anos, entre 2002 e 2015.

A alta, porém, representa quase o dobro da verificada no preço do gás destinado a clientes comerciais e industriais, que subiu 29% desde a mudança de governo.
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Temer se diz só e abandona reformas. Bolsa desaba

Numa clara demonstração de que já não detém apoio político no Congresso, Michel Temer afirmou nesta terça-feira, 7, que "sozinho", seu governo não conseguirá aprovar a reformulação do sistema previdenciária brasileiro; "Vou insistir, vou me empenhar, mas concordo que, sozinho, o governo não tem condições de aprovar a reforma da Previdência", disse Temer ao blog do jornalista Valdo Cruz; reconhecimento de Michel Temer sobre a reforma da Previdência ocorre dias depois de o PSDB, seu principal apoiador, cobrar desembarque do governo e entrega dos cargos; fim de Temer derrubou o Ibovespa, que registra queda de 2,07%, aos 72.774 pontos 

247 - Numa clara demonstração de que já não detém apoio político para se manter no cargo, Michel Temer afirmou nesta terça-feira, 7, que "sozinho", seu governo não conseguirá aprovar a reformulação do sistema previdenciária brasileiro.

"Vou insistir, vou me empenhar, mas concordo que, sozinho, o governo não tem condições de aprovar a reforma da Previdência", disse Temer ao blog do jornalista Valdo Cruz.

"Estou concordando contigo, sozinho fica impossível, aí não será aprovada mesmo. Temos de ter o apoio da sociedade, da mídia, do Congresso, dos empresários. Vou insistir, vou me empenhar, mas tem de ter apoio. As pessoas precisam entender que, se a reforma não for aprovada, não serei eu o derrotado, mas o país", enfatizou.

A declaração de Temer derrubou o índice da Bolsa de São Paulo (Ibovespa), que registra queda de 2,07% nesta tarde, por volta de 17h45. 

O reconhecimento de Michel Temer sobre a reforma da Previdência ocorre dias depois de o PSDB, seu principal apoiador, cobrar desembarque do governo e entrega dos cargos. 

Leia reportagem do Infomoney sobre o assunto:

Previdência jogada aos leões: o que explica o inesperado movimento de Michel Temer?

A declaração do presidente Michel Temer de que o governo pode não conseguir avançar com a reforma da Previdência causou estranhamento pela franqueza. Enquanto transfere parcialmente responsabilidades e desgastes aos parlamentares um ano antes das eleições, o peemedebista não indica estar inclinado a promover uma reforma ministerial ainda neste ano, mas busca costurar uma "agenda positiva" na Câmara, focada sobretudo em segurança pública. Uma troca nas cadeiras na Esplanada dos Ministérios é tida por alguns aliados como condição vital para a recomposição da base do governo, caso o interesse seja avançar com uma agenda de reformas de maior fôlego. Mas o presidente não parece disposto a tal movimento neste momento.

Pela primeira vez, Temer reconheceu publicamente que o pacote aprovado em comissão especial na Câmara dos Deputados pode não avançar. Contudo, ele fez um apelo aos parlamentares para tentarem aprovar ao menos alguns dos principais pontos da reforma previdenciária. Em reunião no Palácio do Planalto com ministros e deputados de onze partidos da base, o presidente disse que eventual fracasso na aprovação das medidas não significaria um fracasso de seu governo. "A reforma da Previdência, não é minha, não é pessoal, mas é do governo compartilhado. Na verdade, se em um dado momento a sociedade não quer a reforma da Previdência, a mídia não quer a reforma da Previdência e a combate e, naturalmente, o parlamento que ecoa as vozes da sociedade também não quiser aprová-la, paciência", afirmou. "Muitos pretendem derrotá-la supondo que derrotando-a, derrota o governo. Então isto eu quero deixar claro que não é derrota eventual, a não votação da Previdência que inviabiliza o governo. O governo já se fez". O presidente disse que continuará, de qualquer forma, empenhado em aprovar a reforma.

À medida em que sinaliza que só promoverá a dança das cadeiras em março do ano que vem, quando ministros interessados em disputar algum cargo nas eleições terão de deixar o posto no governo, Temer desagrada os partidos do "centrão" para não alimentar incômodo maior com o PSDB. Por outro lado, a postura não-beligerante do presidente atrapalha eventual tentativa de desembarque do governo pelo tucanato, ao não dar motivos que pontualmente justificariam a iniciativa do partido dividido. Se compôs a situação até hoje, por que vai sair agora? Talvez seja eleitoralmente ainda mais custoso para o PSDB romper com o governo sem justificativas claras, após ter sido o principal fiador do processo de impeachment de Dilma Rousseff e apoiar quase integralmente os principais pontos da agenda de Temer, além de ter emitido dois pareceres contrários às denúncias apresentados contra o peemedebista -- embora tenha votado dividido em ambas as situações.

Ficar com o governo, contudo, também será custoso. Nas palavras do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, "ou o PSDB desembarca do governo na Convenção de dezembro próximo, e reafirma que continuará votando pelas reformas, ou sua confusão com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória". Na última segunda-feira, um grupo de economistas e cientistas políticos engrossaram o coro em manifesto apoiando o nome do senador Tasso Jereissati para a presidência do partido. "O PSDB deve aprovar as reformas que modernizem o Brasil, independentemente de quem as envie ao Congresso ou as proponha. Mas não deve participar de um Governo que não parece ter se comportado de acordo com os preceitos éticos na condução dos assuntos de interesse público", escreveram. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

O presidente deixa de fazer um dos movimentos mais importantes para fazer avança a agenda de reformas e transfere responsabilidades ao parlamento e ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ao procrastinar a reforma ministerial, dificulta o desembarque tucano e aumenta a ansiedade do "centrão", assim como seu próprio poder de negociação por oferecer perspectiva de distribuição de cargos no primeiro escalão a alguns meses das eleições. E, com a agenda positiva, o peemedebista acena para legisladores preocupados em acenar para o eleitorado, de olho já na disputa do ano que vem. Sem novos recursos para distribuir, o presidente pode não ter forças para aprovar uma reforma previdenciária, mas sinaliza que ainda está longe da paralisia, a despeito da baixíssima popularidade.

Ao que tudo indica, a estratégia agora é mostrar que tem o controle do processo político, reavendo parte de sua força com as expectativas de sinais pontuais de melhora da economia. Às vésperas da eleição, Temer está juntando os cacos para recuperar capital e influenciar mais fortemente na disputa por sua sucessão.


C/ http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br

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