quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Operação Lava Jato Cármen Lúcia autoriza gabinete de Teori a retomar delações da Odebrecht

Cármen Lúcia, presidenta do STF. Homologações de delações da Odebrecht são aguardadas
Juízes auxiliares iniciam nesta semana as audiências com os 77 funcionários da empreiteira que colaboraram com a Lava Jato
A presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, autorizou os juízes do gabinete do ministro Teori Zavascki, morto em desastre aéreo na quinta-feira 19, a dar continuidade ao trabalho referente às delações premiadas de 77 funcionários e executivos da Odebrecht.
Zavascki era o relator da Operação Lava Jato no Supremo, e as audiências – nas quais os delatores confirmam se firmaram os acordos de livre e espontânea vontade – estavam marcadas para este final de janeiro.
O ministro havia autorizado que seus auxiliares começassem a ouvir os delatores durante o recesso. Com a decisão de Cármen Lúcia, a agenda prevista por Zavascki, que pretendia concluir as homologações até fevereiro, fica mantida, ao menos inicialmente.
A presidenta da Corte ainda terá que decidir o futuro da relatoria da Lava Jato. Conforme o artigo 38 do regimento interno do STF, quem assume a relatoria de um processo diante da morte ou renúncia de um ministro é o seu substituto. O regimento abre, no entanto, a possibilidade de redistribuição do processo. Há também a possibilidade de a própria Cármen Lúcia assumir a relatoria das ações.
Cabe ao presidente da República escolher o novo ministro do Supremo, e o indicado precisa passar por sabatina no Senado. No fim de semana, durante o funeral de Zavascki em Porto Alegre, Michel Temer afirmou que só anunciará o escolhido depois que estiver definido o novo relator da Lava Jato.
Em nota divulgada na segunda-feira 23, a Associação Juízes para a Democracia (AJD) defendeu um amplo e transparente debate público sobre a nomeação do novo ministro e recomendou que a escolha não ocorra antes de Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgar o processo de cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer, eleita em 2014

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