terça-feira, 6 de setembro de 2016

Entidades defendem Diretas Já para unificar país e resgatar democracia


Mídia Ninja/ Reprodução Facebook/ CTB/ ANPG
 

Por Laís Gouveia 


Ao Portal Vermelho, lideranças dos movimentos sociais afirmam que a saída para reconquistar o jovem regime democrático brasileiro passa pela luta pelo Fora Temer, nenhum direito a menos e por novas eleições presidenciais.

Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) e membro da Frente Povo sem Medo, reafirma seu posicionamento de que a ascensão de Michel Temer ao poder é fruto de um processo golpista, "pois impeachment sem crime de responsabilidade é eleição indireta, isso representa 500 deputados cassarem o voto de 54 milhões de pessoas, por isso a bandeira das Diretas Já, para restabelecer a soberania do voto popular", alerta. 

Quando questionado sobre uma possível reprovação no Congresso Nacional da proposta de Novas Eleições, Bolous é categórico ao dizer que acredita na força do povo como instrumento de mudanças. "Não tenho nenhuma grande esperança com esse Congresso Nacional, a maioria dos parlamentares defendem o que há de mais pior na sociedade e exatamente por isso não possuem nenhuma legitimidade para opinar sobre os rumos do país. Mas, com uma grande pressão popular, centenas de milhares saindo às ruas, reivindicando novas eleições, com esse Congresso tão lamentável, fica difícil não ceder à pressão do povo", avalia Boulos. 

"A pacificação nacional só será alcançada com o voto"

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Adilson Araújo, considera que o último domingo ficará marcado na história como o marco inicial de uma grande jornada de luta contra o golpe. "Somamos mais de 100 mil em São Paulo e dezenas de milhares saíram às ruas no Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza e outras capitais do país, num rotundo pronunciamento em defesa da democracia, dos direitos sociais e da soberania nacional. Não daremos trégua ao usurpador Temer. O povo brasileiro não sairá das ruas enquanto ele e a sinistra quadrilha de golpistas que assaltou o Palácio do Planalto não for apeada do poder", declara. 

Adilson argumenta que o clima de estabilidade somente regressará ao país com novas eleições presidências. "Ao contrário do que cinicamente propaga seu governo ilegítimo, embora tenha o apoio da burguesia e do imperialismo, não significa pacificação nacional, mas radicalização da luta política. A pacificação nacional só será alcançada quando o povo reconquistar o sagrado direito de definir o destino do país através do voto. Pela soberania popular. Diretas já!", convoca. 

"O povo quer voltar a ter controle de quem dirige esse país"

Na análise da vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Moara Saboia, a população brasileira não se sente representada pelo governo ilegítimo de Michel Temer. "O tamanho dessa manifestação no domingo na Paulista serviu para desmascarar algumas justificativas para aplicar o golpe, pois muitos parlamentares diziam estar ouvindo a voz das ruas. Então, mais de 100 mil pessoas foram exigir o Fora Temer e Diretas Já. O povo quer voltar a ter controle de quem dirige esse país, pois o impeachment não desrespeita os 54 milhões de votos que a presidenta Dilma teve, mas sim os 138 milhões de votantes brasileiros", denuncia a jovem. 

Novo olhar 

A presidenta a Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG), Tamara Naiz, avalia que a manifestação de domingo demonstrou um novo olhar do povo sobre o cenário político nacional. "A população brasileira começa a ter compreensão, apesar da grande manipulação da grande mídia, que o seu voto na urna foi subjugado, por isso, milhares de pessoas saíram às ruas para exigir o Fora Temer, nenhum direito a menos e por novas eleições presidenciais, para que o povo decida o seu líder e o projeto político do país", conclui. 


Do Portal Vermelho 

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