sexta-feira, 29 de julho de 2016

Vamos falar de machismo nas redes? Ok. Vamos lá

Assuntos polêmicos são comuns nas redes e infelizmente os acompanham posicionamentos preconceituosos, misóginos e medíocres também

Nesse momento, a internet está focada no caso de Marina Joyce, a YouTuber que chamou a atenção de todos nas últimas 24 horas nas redes sociais. A jovem de 20 anos mora em Londres e após publicar alguns vídeos com hematomas, fisicamente abatida e assustada, a tag #savemarinajoyce subiu para o topo dos TT’s mundiais e de lá não saiu mais. Quando acessamos a tag podemos ver milhares de fãs ou somente pessoas solidárias expressando sua preocupação. Muitas teorias foram criadas: uma delas é que a jovem vem sendo agredida e está gravando vídeos a força por seu namorado, outra versão é que ela está em cárcere privado e por isso não comenta sobre a violência física e psicológica que supostamente vem sofrendo. Uma maré de gente, no entanto, vem contrapondo a suspeita de violência e rebatendo com a suspeita que Marina, na verdade, “é só mais uma dependente química e que se está assim porque deseja”.
Não precisamos ir muito longe para lembrar de casos parecidos. Um exemplo no Brasil é da Deputada Federal Átila Jacomussi que sofreu agressão do seu marido e foi forçada a gravar um vídeo dizendo que estava tudo bem – mesmo aparecendo nitidamente abatida. Muitos a culparam por apanhar.
A mesma prática dos “juízes online” acontece tradicionalmente quando uma mulher é vítima de abusos sexuais, psicológicos e morais. Quem não lembra do caso da jovem Eloá Cristina, morta pelo namorado em 2008 – quando muitas pessoas apontavam para o caso dizendo que a culpa era da menina por ter se relacionado com alguém perigoso – ? Ou o caso de Cláudia, morta após ser baleada e arrastada por uma viatura da PM do Rio de Janeiro, que recebeu a sentença virtual de “criminosa”? E mais recente, o estupro coletivo de uma jovem de 16 anos por 33 homens, que gerou nas redes uma onda de ódio, culpa e perseguição à vítima após seu vídeo desacordada ter sido postado no Twitter. A jovem foi julgada no tribunal virtual como culpada por ter saído, por ter bebido, por se envolver.. mas e os homens? Até hoje não se sabe os nomes deles, e provavelmente nunca vamos saber.
Nos quatro casos temos um fator em comum: a criminalização da vítima. Por que toda vez que uma mulher demonstra que está sofrendo com algum tipo de abuso e/ou violência o instinto da maioria é sempre questionar o que ela estava fazendo? Ou melhor, por que toda vez que casos como de Marina e Atila chegam às redes, nós mulheres somos taxadas de loucas, drogadas, descontroladas? É esse papel que o machismo e o patriarcado cumprem em um mundo onde as mulheres ainda são subestimadas e inferiorizadas.
Casos como de Marina são comuns, infelizmente. Acontecem todos os dias, e muitos não chegam nem a ir para as redes ou para as delegacias por medo. Estamos em um momento no país em que vários setores estão mobilizados, seja contra o golpe, contra o roubo de merendas ou contra o fim das políticas sociais arduamente conquistadas.
A primavera feminista vem crescendo e contrapondo todo esse machismo historicamente enraizado, a emancipação toma conta de todos os espaços, inclusive das redes sociais. Não podemos deixar com que as redes virem o curral da elite brasileira, não podemos deixar que o machismo nosso de cada dia fale mais alto do que a empatia em tentar ajudar.
Por fim, um questionamento, quantas Marinas, Eloás, Atilas e Cláudias você já julgou no tribunal online esse mês e quantos desses julgamentos estavam errados?
Por Camila Lanes, Presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
Fonte: UBES

terça-feira, 26 de julho de 2016

UNE promove campanha #‎FeminismoDasPretas

Nesta segunda-feira (25) foi comemorado o dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, e a diretoria de Mulheres da União Nacional dos Estudantes (UNE) promove uma mobilização nacional de estudantes negras em todo o Brasil, com a hastag ‪#‎FeminismoDasPretas‬. No Brasil, a data também é nacional, foi instituída por uma Lei de 2014, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

A campanha, cujo mote é a resistência destas mulheres à todas as formas de violência, convoca as estudantes negras brasileiras a ocuparam as redes sociais nesta última semana de julho, afirmando que “nós, mulheres negras, resistimos!”.

Para a diretora de Mulheres da UNE, Bruna Rocha, é necessário enraizar nas universidades, nos movimentos sociais e nas estruturas de poder, a responsabilidade histórica de empoderar mulheres negras, sujeitas centrais na construção de todas as sociedades em que estamos presentes.

“A feminização da pobreza tem cor e é a nossa; continuamos resistindo porque estamos na base da pirâmide socioeconômica do Brasil. Nos defendemos do sistema capitalista, racista, e patriarcal, mas não só isso: vamos pra cima dele todos os dias”, afirma.

Cerca de 200 milhões de pessoas que se identificam como afrodescendentes vivem na América Latina e no Caribe, e são os mais afetados pela pobreza, marginalização e pelo racismo, que atingem ainda mais as mulheres negras.

A mobilização faz-se ainda mais importante tendo em vista os resultados divulgados ano passado no “Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres no Brasil”, realizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da ONU Mulheres.

O estudo apontou que na década 2003-2013 teve aumento de 54,2% no total de assassinatos desse grupo étnico, sendo um aumento de aproximadamente mil mortes a mais em 10 anos.

“Se é verdade que ‘nossos traços faciais são como letras de um documento que mantém vivo o maior crime de todos os tempos’, passam por eles também as letras de justiça, amor e igualdade que continuaremos escrevendo com nossas próprias mãos nos territórios, nas redes, na vida mais orgânica do povo brasileiro, latino-americano e caribenho”, destaca Bruna.

De 25 a 31 de julho, a página da diretoria do Facebook será o canal onde as estudantes deverão enviar fotos, segurando os cartazes, produzidos pela designer Milla Carol, com ilustrações da grafiteira Chermie Ferreira.

Entre na campanha também! ‪#‎FeminismoDasPreta‬ – bate forte, mó treta!
 

Fonte: UNE 
C/ Portal Vermelho

domingo, 24 de julho de 2016

NOVA CRUZ/RN: PCdoB HOMOLOGA CANDIDATURAS E COLIGAÇÕES NA MAJORITÁRIA E PROPORCIONAL


Candidatos com nomes homologados após convenção ao do Dr. CID ARRUDA e João Paulo

 Presidente do PCdoB, Damião Gomes saudando os convencionais
 Filiados e convidados prestigiando a convenção
 Prefeito Cid Arruda, Tiago Vicente, presidente do PT e Dr. João Paulo/PR
 Da esquerda: Moacir Soares, PCdoB/RN, Drª Julia Gomes e o jovem, Delaías Barbosa, pré candidato pelo PT
 Secretário de Divulgação do PCdoB, José Gomes saudando os convencionais
Da esquerda: Secretário Estadual de |Organização do PCdoB, Albérico, José Aldo, Moacir Soares, Drª Julia Gomes e Delaías Barbosa

Hoje (24) pela manhã o PCdoB de Nova Cruz realizou sua convenção e homologou as candidaturas dos seus (9) nove pré candidatos: Eduardo Vasconcelos, Zé do Tempero, José Aldo, Gilson do Peixe, Betinho, Ednaldo Cabeleiro, Severino de Heleno, Enúbia Dantas e Rama e aprovou a coligação na Majoritária com o Dr. CID ARRUDA (prefeito)/PSB e Dr. JOÃO PAULO (vice)/PR e na Proporcional com os partidos PT e PPS, ambas coligações foram aprovadas unanimidade pelos diretores/as presentes (7): Damião Gomes, presidente, Betinho, vice presidente, Eduardo Vasconcelos, secretário de organização, Heloiza Victória, secretária de formação, José Aldo do Nascimento, secretário de finanças e José Gomes, secretário de divulgação e Edmilson Silva, secretário de movimentos sociais.

Dr. Cid Arruda e Dr. João Paulo parabenizaram os pré candidatos do PCdoB, bem como os convencionais. No final de suas palavras agradeceram o voto de confiança dados pelo PCdoB a ambos, fortalecendo ainda mais as coligações na majoritária.

Os representantes do PCdoB Estadual, Albérico e Moacir Soares presentes a convenção também parabenizaram a postura do PCdoB local, desejando garra e muita luta para alcançar seus objetivos.

Representantes do PPS, Alisson Alves e Valmir Junior como os representantes do PT, Tiago Vicente e Antonio Barbosa agradeceram ao PCdoB pela confiança da união desses partidos rumo as eleições de 2016. Lembrando que esses partidos farão suas convenções dia 31 de julho.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

DEM e PSDB na educação é retorno à era FHC: focalizar e privatizar

Para o economista e educador Sérgio Haddad, a aliança entre DEM e PSDB na área da Educação, reeditada por Michel Temer (PMDB-SP), é um retorno aos tempos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP). Segundo ele, o conceito de um modelo educacional público, sistêmico e universal cede espaço, no governo interino, a um processo de focalização da ação do Estado em determinados níveis de ensino, deixando os demais à iniciativa privada.

Sérgio Haddad participou na última segunda-feira (20) do seminário "Austeridade contra a Cidadania", em São Paulo. Na atividade, ele avaliou que a nova gestão do ministério – encabeçada pela dupla Mendonça Filho (DEM) e Maria Helena Guimarães (PSDB) – deve caminhar no sentido oposto dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. 

“A ideia sistêmica e universal da oferta pública e gratuita da educação se rompe, com a privatização de um lado e a focalização do outro (...) Essa lógica predominou nos governos FHC e deve se repor nesses tempos de restrição orçamentária”, disse. 

O educador destacou que cada nível de educação está diretamente integrado ao outro e, portanto, priorizar um em detrimento dos demais seria uma estratégia equivocada.

“Você não pode priorizar só o ensino fundamental, porque você precisa de professores para trabalhar no ensino fundamental, então você depende da universidade para fazer isso. Todos sabemos também que a educação infantil é imprescindível para no bom desempenho no ensino fundamental, assim como a educação de adultos, a educação dos pais, tem papel importantíssimo para o desenvolvimento dos alunos que estão nos cursos secundários”, exemplificou.

Haddad citou que, hoje, 80% da população é atendida pelo ensino público, tanto nos na educação fundamental como no ensino médio. Já no nível superior, essa relação se inverte. 



Privatização
De acordo com ele, a sinalização de que deverá se aprofundar a privatização do ensino superior pode ser percebida tanto pela “crescente presença do setor privado nas estruturas que definem as políticas de educação”, quanto pelos debates travados na mídia.

Ele deu como exemplo artigo de Alexandre Schneider, ex-secretário municipal de Educação de São Paulo, na Folha de S. Paulo. No texto, ele defendeu que “chegou o momento de discutir com a sociedade brasileira a cobrança de mensalidade nas universidades públicas”.

No artigo, Schneider prega que é preciso focar os esforços do Estado na educação básica, argumentando que “o país gasta hoje cerca de R$ 22 mil por aluno/ano no ensino superior público, enquanto o básico recebe R$ 5.500 aluno/ano”.

Sérgio Haddad rebateu a alegação, e disse que, além de o dado ser falso, não se pode comparar o ensino básico com o superior. Ele ressaltou ainda que o país investe, por aluno, menos que a média dos demais países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em 2012, foram gastos US$ 3.441 por estudante da rede pública brasileira, do ensino básico ao superior, montante que corresponde a 37% da média dos 34 países que compõem a OCDE, que é de US$ 9.317. “O investimento em educação é central, sob o ponto de vista de se pensar o direito à educação na perspectiva universal”, afirmou Sérgio Haddad.

“Evidentemente, a focalização vai levar à privatização”, apontou, destacando os efeitos que a PEC 241 – que limita o crescimento dos gastos públicos à variação da inflação do ano anterior –, terá na educação. “É nítido que isso vai afetar os recursos para a manutenção e o desenvolvimento da educação”, disse.

Ele previu que, se aprovada a PEC, será impossível manter a vinculação constitucional de um percentual mínimo de recursos para a educação. Hoje, a Constituição determina que o governo federal destine à educação 18% da receita líquida dos impostos, já descontado o percentual transferido a estados e municípios. “É impossível manter a vinculação com a PEC aprovada”, avaliou, prevendo queda nas verbas destinadas à área.

Diversidade fora do currículo

Para além da lógica da focalização e da privatização, o economista e educador criticou também outro tipo de mudança, um retrocesso no que diz respeito à educação que ultrapassa a sala de aula.

“A ideia da diversidade aparentemente vai sumir do mapa. Isso se reflete na fotografia inicial do ministério do governo Temer. Aquela foto [sem mulheres, negros, índios e jovens] faz parte do DNA do governo. Colocar a questão racial, de gênero, dos direitos humanos sob o Ministério da Justiça é realmente baixar o sarrafo no tema da diversidade”, disse, referindo-se à reforma administrativa promovida pelo governo interino.

De acordo com Sérgio Haddad, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação foi a primeira a ter praticamente todos os seus membros afastados.

“A ideia de uma educação contínua, ao longo da vida, será reduzida à ideia de uma educação exclusivamente escolar. Pensar a educação sob o ponto de vista daquilo que vai além da escola, aquilo que diz respeito à formação da cidadania, no sentido de atender à ideia de diversidade, uma educação relativa às relações de gênero, raciais, pensada sob o ponto de vista dos direitos humanos, isso vai desaparecer”, previu.

Para ele, caso se concretize essa investida contra a educação voltada para os direitos humanos, será uma “clara violação de direitos”, uma vez que essa orientação é algo que está gravado não apenas na Constituição, como na Lei de Diretrizes e Bases, na Lei Maria da Penha e nas diretrizes curriculares, por exemplo. “O rompimento desse direito, que está colocado sob o ponto de vista da legislação vinculada à Educação, claramente está se mostrando nesse momento atual”, disse.

Escola Sem Partido
O educador teceu também críticas a projetos como o Escola Sem Partido, que ganha espaço durante o governo provisório. Na sua avaliação, a iniciativa ameaça a liberdade de expressão e a própria ideia de ciência. A proposta do programa é monitorar o que os professores dizem em sala de aula, alegando que há uma doutrinação política e ideológica ocorrendo nas escolas do país.

A página do Senado na web, a E-Cidadania, abriu consulta pública a respeito do Projeto de Lei 193, que de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), da bancada evangélica, que pretende incluir entre as diretrizes e bases da educação nacional as propostas do Escola Sem Partido. Até o fechamento desta reportagem, o resultado da enquete estava em 155.492 votos a favor e 169.161contra o PLS.

Sérgio Haddad destaca que projetos semelhantes estão em discussão ou foram aprovados em casas legislativas de municípios e estados brasileiros, algo que ele considera extremamente preocupante.

“Estamos diante não só de uma reforma do ensino, mas de uma ameaça terrível à liberdade de expressão e, mais que isso, à própria ideia de ciência, de construir conhecimento, à participação dos alunos na sala de aula, a toda uma ideia de questionamento sobre os conteúdos que são ensinados, de participação de alunos e professores no processo e ensino e aprendizagem. Isso é um retrocesso absoluto”, condenou.

De acordo com ele, o projeto parte da ideia de “desideologizar” o sistema de ensino, “como se isso fosse possível”, eliminando, na verdade, o pensamento crítico e tratando o professor “como um mero veiculador de certos conteúdos”, algo que “faria com que [o educador] Paulo Freire se revirasse no caixão”, opinou.

Esvaziando o papel do professor
Segundo o economista, o processo de privatização que deverá ser acelerado no governo provisório não se dá só pela presença da iniciativa privada nas instituições de ensino, mas também no que diz respeito aos materiais utilizados em sala de aula.

“Há um movimento extremamente importante, que se dá no plano municipal, através dos sistemas apostilados, que são vendidos pelas editoras junto às secretarias municipais de Educação. Elas entregam esse material, junto com toda uma assessoria, com aulas para professores, de maneira a esvaziar o programa nacional do livro didático, que é um programa importantíssimo – de seleção e compra de material didático pelo governo federal, distribuído gratuitamente para todas as escolas públicas”, explicou.

Segundo ele, essas apostilas “penetram nas escolas com a mesma lógica de esvaziamento do papel do professor, que passa a ser meramente um aplicador desse material. Note-se a similaridade desta lógica economicista – em que você tem um conteúdo, uma verdade a passar para os seus alunos – com a ideia da Escola Sem Partido, entendo o aluno como um mero receptor de conteúdos, que deve devolver resultados nas provas feitas poe esses próprios sistemas”, criticou.

“Eu diria que estamos diante de um processo que é de focalização sobre determinados níveis de ensino, privatização dos demais, aceleração de uma lógica de condenação e vigilância sobre o papel do professor sob o ponto de vista ideológico, com controle da ação dele na sala de aula. E que faz parte dessa aliança entre setores fundamentalistas que estão no poder, junto com setores privatistas, na conformação de algo que preocupa muito os educadores que se importam com o sistema público de educação”, resumiu.

Promovido pela Plataforma Política Social e o Le Monde Diplomatique Brasil, o seminário Austeridade contra a Cidadania integra o projeto Governo Sem Voto e analisou a atual conjuntura e o impacto das reformas propostas por Temer e seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na desestruturação das políticas públicas. Participaram do debate, além de Sérgio Haddad, o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão e os economistas Sérgio Gobetti e Eduardo Fagnani, responsável pela mediação.

 Por Joana Rozowykwiat, do Portal Vermelho

Governo de SP começa segunda testes da ‘pílula do câncer’ em humanos

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou que os testes em humanos com a fosfoetanolamina sintética, mais conhecida como “pílula do câncer”, terão início na próxima segunda-feira (25). Os testes serão encabeçados pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
A pesquisa prevê a participação de até mil voluntários e a primeira fase contará com dez participantes que vão receber a substância para que seja determinada a segurança da dose que tem sido utilizada pelos pacientes.
Fonte: Robson Pires

quinta-feira, 21 de julho de 2016

NOVA CRUZ/RN: PCDOB, PPS E PT JUNTOS NAS ELEIÇÕES 2016!


PCdoB, PPS e PT juntos nas eleições de 2016
Hoje (21) lideranças do PCdoB, PPS e PT marcharão juntos nas Eleições 2016, foi o ficou decidido na reunião realizada hoje a noite.  Tudo indica também que ambos seguirão firmes também na majoritária.

Os partidos vem a cerca de 3 meses nessa mesma pisada, com debates, discussões, idéias e com convicções que serão vitoriosos nos pleitos de 2016.

Para o PCdoB, o Secretário de Organização, Eduardo Vasconcelos disse que momento é reflexão e união para apresentar a população novacruzense uma maneira nova de se fazer política, com coerência e ética, coisa difícil de se encontrar em hoje em dia.  O PCdoB apresentará a população propostas inovadoras e salutar para todos.  "A população precisa avaliar e lutar para que o Poder Legislativo seja realmente a Casa do POVO e que os legisladores realmente cumpram o seu papel." Concluiu, Eduardo Vasconcelos.

As convenções do PCdoB e PPS será realizadas no dia 24 de julho (domingo) no Plenário da Câmara Municipal e a do PT será realizada dia 30.

O dado que a Folha omitiu: 60% preferem nova eleição


Pelo contrário, informou que 50% preferem que Michel Temer fique no governo até o final do mandato que seria de Dilma Rousseff e que apenas 3% preferem novo pleito. Mas este dado – “60% são favoráveis à nova eleição” - aparece no título de um dos blocos do relatório da pesquisa (confira na imagem).

Embora os 60% apareçam no título, eles não são mencionados no texto inferior. A explicação já apresentada foi de que, no questionário apresentado ao entrevistado, não havia a alternativa de nova eleição, restando-lhe apenas escolher entre a volta de Dilma e a permanência de Temer. Teria sido, no mínimo, um erro metodológico. Tanto é que a realização de nova eleição foi considerada pelo próprio Datafolha na pesquisa divulgada em 9 abril, em que 60% preferiam a saída de Dilma, 58% a de Temer e 79% preferem uma nova eleição.

Isso não explica, entretanto, que no relatório sobre a última pesquisa, conforme a cópia acima tirada do site do instituto, tenha havido a menção à preferência de 60% por um novo pleito presidencial. Na matéria da Folha, assinada por Fernando Canzian, eles também não aparecem. Nela aparece, realçando a incongruência, a baixa taxa de aprovação a Temer, de apenas 14%, que não foi destacada. Mas se os 60% aparecem no título, de alguma passagem da pesquisa eles foram retirados.

A Folha e o Datafolha continuam devendo explicações sobre a pesquisa que se constitui no elemento mais vistoso da pintura que vem sendo feita na paisagem política e econômica para induzir à condenação de Dilma no julgamento de agosto pelo Senado, tornando Temer presidente de fato e de direito.

As incongruências, decorrentes de manipulação ou imperdoável falha no trato de pesquisa tão relevante, foram apontadas inicialmente pelo Brasil 247 e escrachadas pelos jornalistas Glenn Greenwald e Erick Dau no site The Intercept.

*Tereza Cruvinel é jornalista e colunista do Brasil 247 


 Fonte: Brasil 247
C/ Portal Vermelho

Temer quer deixar trabalhador mano a mano com patrões


Então, com essa mudança, podemos imaginar algumas situações. Se a lei determina que as férias são de 30 dias, mas o dono de uma grande empresa disser aos funcionários que aceitem férias de 15 dias ou, do contrário, serão demitidos, é bem provável que as férias passarão a ter apenas 15 dias.

Uma hora de almoço pode ser transformada em apenas meia hora. O 13º salário pode deixar de ser pago em determinado ano sob alegação de dificuldades financeiras. E por aí vai. Com o tempo, os direitos trabalhistas vão acabar. A carteira de trabalho vai ser peça de museu.

Esse projeto do governo ilegítimo do Temer é comumente chamado pelos dirigentes sindicais de “negociado sobre o legislado”.

“Esse projeto é gravíssimo. Em momentos de crise, como este que vivemos e que ainda deve durar bastante tempo, os trabalhadores têm menor poder de barganha, e as empresas vão fazer chantagem, coação econômica”, explica Hugo Cavalcanti Melo Filho, presidente da Associação Latino-americana  de Juízes do Trabalho.

Respeito à Constituição

O ministro do Temer afirma que os princípios constitucionais não serão desrespeitados. Pura retórica, explica o juiz Hugo. “É fácil dizer isso, porque a Constituição só aponta princípios, ela não regulamenta os direitos e a proteção ao cidadão. Isso quem faz são as leis específicas”, afirma. “Se você torna a negociação entre as partes um instrumento mais forte que as leis, a Constituição não tem valor prático”, diz.

Um exemplo claro dos limites da Constituição pode ser encontrado no inciso 30 do artigo 7º da Constituição. Esse inciso diz que não pode haver diferença salarial em virtude de sexo. No entanto, na prática, as mulheres continuam ganhando menos, pois não houve lei que regulamentasse esse princípio apontado pela Constituição.

Negociação pode?

Pode, claro. Este é inclusive um dos princípios do sindicalismo. Porém, segundo o Direito do Trabalho, as negociações entre as partes só podem ser realizadas com o objetivo de ampliar ou aperfeiçoar direitos, jamais o contrário. É o chamado princípio de progressividade.

Além disso, nem todos os trabalhadores têm sindicatos realmente fortes para sentar à mesa de negociações em condição de igualdade. E há, infelizmente, sindicatos que aceitariam acordos ruins para fins paralelos.

E, como lembrou o juiz Hugo, em situação de queda da economia, os trabalhadores ficam mais fragilizados, o que dificulta a resistência a propostas negativas.

Tem de matar no ninho

Para a advogada Silvia Lopes Burmeitef, presidenta da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas, a maneira mais segura de garantir os direitos trabalhistas é implodir no Congresso Nacional os três projetos de lei que têm a finalidade de fazer o negociado prevalecer sobre o legislado.

“Existe a possibilidade, caso o projeto seja aprovado pelos deputados e senadores, de entrar na Justiça para questionar sua constitucionalidade. E creio que as centrais sindicais o farão, caso necessário”, diz Silvia.

“Porém”, diz ela, “o retrato que temos hoje do Supremo Tribunal Federal nos mostra que dificilmente aquela corte decidiria a favor dos trabalhadores. Não confio no Congresso nem no STF”, alerta. “O mais seguro é impedir sua aprovação”, reafirma.

Como? “Temos de fazer mobilizações, atos e um intenso trabalho político”, responde Valeir Ertle, secretário nacional de Assuntos Jurídicos da Central. “Os trabalhadores e trabalhadoras precisam ser informados dos riscos que esse projeto representa e temos de barrá-lo”. Mais uma razão, portanto, para #ConstruiraGreveGeral.

Por Isaias Dalle para portal CUT

Saúde revela que foram registradas 354 mortes por suspeita de microcefalia no Brasil




O Ministério da Saúde revelou ontem que o Brasil acumula 1.709 casos confirmados de microcefalia, dos quais 267 tiveram confirmação em laboratório para zika. O governo considera que houve infecção pelo vírus na maior parte das gestantes que tiveram bebês com a má-formação. Também foram registradas 354 mortes por suspeita de microcefalia e/ou outra alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gravidez. O número representa 4,1% do total de casos notificados.

Robson Pires

quarta-feira, 20 de julho de 2016

NOVA CRUZ/RN: PCDOB SE REUNIU E ASSINARAM CARTA DE COMPROMISSO RUMO A SUA CONVENÇÃO

Reunião definindo suas estruturas
Ontem (19) a Direção do PCdoB se reuniram na Casa de Cultura e após horas de debates os Pré Candidatos/as assinaram Carta de Compromisso para com o PCdoB, além disso discutiram a estruturação de sua convenção que ocorrerá dia 24 de julho pela manhã no Plenário da Câmara Municipal.

Outros assuntos foram debatidos, entre eles a contribuição partidária, ficando aprovado a contribuição voluntária dos seus filiados no valor mensal de R$ 20,00 (vinte) reais.

Já o Vice Presidente, Roberto informou que na próxima quarta-feira (20) representantes do PCdoB Estadual estarão em Nova Cruz para reunião com a direção do PCdoB e os Pré Candidatos, cuja pauta será sobre as Eleições 2016.

O Secretário Municipal de Organização, Eduardo Vasconcelos aproveitou a oportunidade para também informar, que na quarta-feira também haverá uma reunião/curso com os Presidentes e Secretários de Partidos sobre contabilidade.

Damião Gomes da Silva presidente do PCdoB disse que procurará marcar uma audiência com o Prefeito com o PCdoB para discutirem sobre as eleições.

Participaram da reunião: Damião Gomes da Silva - Presidente; Roberto - Vice Presidente; Eduardo Vasconcelos - Secretário de Organização; José Aldo do Nascimento - Secretário de Finanças; José Aldo Gomes - Secretário de Divulgação e os filiados/pré candidatos a vereadores/as: Gilson, Rama, Enúbia e Agnaldo.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Presidente da Assembleia prestigia posse do novo imortal da Academia de Letras

O jornalista e escritor, Cassiano Arruda Câmara, tomou posse na noite desta segunda-feira (18), como novo integrante da Academia Norte-rio-grandense de Letras (ANL), ao assumir a vaga que pertencia ao amigo, ex-deputado estadual e jornalista Agnelo Alves (1932 – 2015). A cerimônia, presidida pelo advogado e poeta Diógenes da Cunha Lima, foi concorrida e prestigiada por amigos, familiares, jornalistas, intelectuais e figuras da cena política do Estado.
“Cassiano alcança a imortalidade com todo direito e justiça. Jornalista, publicitário, professor e escritor, Cassiano Arruda é um dos mais influentes em sua profissão. Foi desejo do destino que lhe coubesse substituir o também brilhante jornalista e deputado estadual, Agnelo Alves. Como sempre fez e faz, Cassiano Arruda dará orgulho aos seus pares na Academia Norte-rio-grandense de Letras”, disse Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), deputado e presidente da Assembleia Legislativa.
Além do presidente da Assembleia Legislativa, participaram do evento o desembargador, Cláudio Santos do TJRN, o prefeito de Natal, Carlos Eduardo, ministro do STJ, Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, deputado federal, Felipe Maia (DEM), reitora da UFRN, Ângela Cruz, Claudia Santa Rosa, secretária estadual de Educação e o ex-ministro Henrique Alves, entre outras autoridades.
Cassiano não para um instante de produzir. Aos 72 anos, todos os dias redige a coluna Roda Viva, participa do telejornal da TV Tropical e tece comentários sobre temas cotidianos na Rádio CBN. E agora o jornalista explicou que pretende lançar seu terceiro livro. Será uma coletânea de reportagens que marcaram época em Natal, produzida nos períodos em que trabalhou na Tribuna do Norte e no extinto Diário de Natal. A editora Flor de Sal, conduzida por Adriano de Souza e Flávia Assaf, está preparando a edição deste livro.
Fonte: Robson Pires

Pernambuco entrega Prêmio Ariano Suassuna

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara comanda, hoje (19), a cerimônia de entrega do 1° Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia. Lançado em julho do ano passado, o concurso reconhece e incentiva a transmissão de saberes e fazeres da cultura popular, assim como estimula a escrita dramática.
Inspirado na forte contribuição do escritor, tanto no campo das artes quanto da gestão pública de cultura, o edital dessa seleção será publicado anualmente. A solenidade ocorrerá no Teatro Santa Isabel, no Recife.
Fonte: Robson Pires

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Machado vai entregar nomes de 50 deputados beneficiados para votar em Aécio Neves

Aécio teria recebido R$ 1 milhão em recursos ilícitos para financiar sua campanha eleitoral à Câmara dos Deputados em 2001, de acordo com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado
Delação se refere à eleição do tucano à presidência da Câmara, em 2001
O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, deve entregar à Procuradoria-Geral da República (PGR), nos próximos dias, um complemento à sua delação premiada.

De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, neste complemento vão constar os nomes dos 50 deputados para quem ele garantiu ter arrecadado fundos a fim de elegê-los, em 1998, com o objetivo de ajudar na eleição de tucano Aécio Neves à presidência da Câmara, em 2001.

Propina para Aécio foi de R$ 1 milhão, diz Machado em delação premiada

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria recebido R$ 1 milhão em recursos ilícitos para financiar sua campanha eleitoral à Câmara dos Deputados em 2001, de acordo com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em delação premiada firmada com os investigadores da Lava Jato.

Segundo Machado, ele, Aécio e Teotônio Vilela (presidente do PSDB à época) teriam arrecadado cerca de R$ 7 milhões (R$ 19,4 milhões em valores atualizados e corrigidos pelo IPCA). Os recursos teriam sido utilizados para bancar a campanha de pelo menos 50 deputados e formar uma base majoritária para eleger Aécio para a Presidência da Câmara. Na delação, o ex-presidente da Transpetro relata que R$ 4 milhões do total obtido vieram da campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), então presidente da República, em 1998. O restante teria saído de empresas.

“A maior parcela dos cerca de R$ 7 milhões de reais arrecadados à época foi destinada ao então deputado Aécio Neves, que recebeu R$ 1 milhão de reais em dinheiro”, disse Machado, acrescentando que o tucano “recebia esses valores através de um amigo de Brasília que o ajudava nessa logística”. Antes de de filiar ao PMDB, Machado integrava os quadros do PSDB.

Recursos ilícitos serviram para que Aécio Neves se elegesse presidente da Câmara em 2001

Na delação, o ex-presidente da Transpetro corroborou, ainda, outros depoimentos sobre Aécio em relação a recebimento de propina de Furnas e disse que "parte do dinheiro para a eleição de Aécio para a Presidência da Câmara veio de Furnas", à época comandada por Dimas Toledo.

"Todos do PSDB sabiam que Furnas prestava grande apoio ao deputado Aécio Neves via o diretor Dimas Toledo, que era apadrinhado por ele durante o governo Fernando Henrique Cardoso e Dimas Toledo contribuiu com parte dos recursos para a eleição da bancada da Câmara à época", disse Machado.

O senador Aécio Neves já é investigado em dois inquéritos abertos a partir da delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS).

No Jornal do Brasil

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Em congresso, UNE defende plebiscito sobre novas eleições

A União Nacional dos Estudantes (UNE) aprovou neste domingo (17), em reunião do 64º Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg), em São Paulo, a realização de manifestações pelo país contra o governo do presidente interino, Michel Temer. A entidade defende, ainda, um plebiscito sobre novas eleições como alternativa para o momento político do país. Em documento aprovado na reunião, a UNE afirma que “a saída para a crise política é a consulta ao povo”.
De acordo com a entidade, manifestações contra o governo Temer estão previstas na semana do dia do estudante – segunda quinzena de agosto. A plenária aprovou também uma plataforma eleitoral a ser entregue aos candidatos municipais, com as reivindicações dos estudantes. No documento, os estudantes pedem mais políticas voltadas para a juventude, mobilidade e cultura.
Mais de 500 estudantes participaram do encontro, que reuniu 324 entidades. Durante o encontro, cerca de 20 temas foram debatidos, como educação, saúde, juventude, democratização da comunicação, além de discussões acerca do combate ao racismo, à ”LGBTfobia” e sobre a cultura do estupro.

domingo, 17 de julho de 2016

“Escola sem partido” é alvo de críticas durante CONEG da UNE

“Escola Sem Partido” é foco de críticas de debatedores durante o 64º Coneg da UNE  
Uma das mesas mais concorridas deste primeiro dia do 64º Coneg, na Unip, em São Paulo, foi a que discutiu a educação e os desafios nesse período de golpe. O professor de Direito Constitucional e defensor público do Estado de Alagoas, Othoniel Pinheiro Neto, trouxe uma visão jurídica sobre o movimento “Escola Sem Partido”.
O professor esclareceu que a iniciativa “não tem nada de plural e, sim, um projeto cerceador, que parte de um grupo com ideologia política específica, de um fanatismo político e religioso, por isso não é um debate entre esquerda e direita”. Othoniel destacou que o discurso da “Escola Sem Partido” é cheio de falhas e arbitrariedades e que os defensores do projeto não focam no conteúdo.
“Termos no texto termos de difícil aferição como a exigência de ‘neutralidade’ ou a proibição da ‘prática de doutrinação ideológica ou política’. É aí que está a mordaça no professor”, explicou.
Para o jurista, o projeto se baseia em interpretações equivocadas da Convenção Americana dos Direitos Humanos. Ele explicou que o Estado não pode arbitrar na relação privada entre pai e filho, mas que a escola não está nessa relação, e que da forma como está no projeto, por exemplo, se fatos como o avanço da ciência forem contra a questões de moralidade da religião dos pais, ele não poderá ser ensinado.
Cristian Ribas, membro do Conselho Nacional de Direitos Humanos, ressaltou que não há nada mais ideológico do que uma educação que não seja crítica e que não amplie o debate.
“Qual o limite dos pais exercerem sua função moral sobre os filhos? Os direitos humanos. Um dos principais pontos de falha do projeto é ignorar que a garantia dos direitos morais da família não são absolutos”, destacou.
Ele lembrou ainda que o “Escola Sem Partido” é movimento político que surge em 2004 com eleição de um governo mais progressista e com o avanço das lutas estudantis. Ribas diz que ele foi acumulando forças com muita timidez, mas em 2014 começou a fazer uma disputa no âmbito legislativo, em um contexto do avanço do conservadorismo, com a grande mídia fazendo “uma cobertura bastante cínica” e uma reação ao debate da discussão de gênero nas escolas.
“Após o golpe é que o projeto foi apresentado nacionalmente porque todas as condições políticas se mostraram mais propícias para isso”, ressaltou.
Hoje, o projeto tramita em mais de dez estados e diversas capitais e foi aprovado em Campo Grande (MS).

“DESCOLONIZAR OS SABERES ESCOLARES”

Estudantes acompanham debate sobre “Escola sem Partido”
O professor da Educação Básica do Rio de Janeiro, Pedro Henrique, afirmou que projetos como o “’Escola Sem Partido’ só existem porque não respeitamos uma orientação que é o projeto político pedagógico construído pela comunidade escolar em que todos e, principalmente os pais, sabem o que está sendo ensinado para seus filhos.
“A escola não pode ser encarada como só um espaço de instrução, mas sim de construção do conhecimento conceitual, procedimentais de estudo, uma escola que constrói conteúdos através do diálogo, interação e relações que são construídas lá dentro, um espaço político”, afirmou.
Na avaliação do professor precisamos descolonizar os saberes escolares, ponto que incomoda bastante a sociedade.“Nossa preocupação tem que ser não só a ‘Escola Sem Partido’, mas também a militarização das escolas, a entrega das escolas pública para organizações sociais. A escola tem que privilegiar a pluralidade de ideias, e hoje ela ainda não faz isso”, finalizou.
Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a educação é uma prerrogativa da cidadania, o que significa que o Estado tem que participar mais nessa questão.
“Meus filhos, minhas regras. Se as suas regras forem de que seus filhos não serem plenos, isso vale?”, questionou.

UBES NA LUTA

A diretora de Escolas Técnicas da UBES, Glória Silva, disse que os defensores da Escola Sem Partido são na verdade “partidos conservadores que não tem nenhum comprometimento com a educação, nunca vimos eles debatendo nada a esse respeito”.
A estudante também ressaltou que a primavera das mulheres, construída por muitas secundaristas, se deu quando o debate dos direitos das mulheres começou a ter abertura nas escolas. Ela também afirmou que o movimento vem pra criminalizar o movimento estudantil que tem se organizado cada vez com mais força.
Glória apontou um norte para a luta e deu o exemplo do estado do Espírito Santo, onde o projeto ‘Escola Livre’ foi barrado porque os estudantes ocuparam a assembleia contra a proposta.
Ela lembrou ainda sobre o Lançamento da Frente Nacional do projeto Escola Sem Partido no Rio de Janeiro para ressaltar que é preciso que toda a sociedade esteja envolvida.
“Precisamos estar na rua fortemente para garantir que as pautas de educação não retrocedam. O projeto contra a redução da maioridade penal, por exemplo, ganhou força nacional com a juventude e com os  movimentos sociais e nós conseguimos a vitória por conta da mobilização”.
A presidenta da AMES de Belo Horizonte, Mariana Ferreira, denunciou que por lá vários professores de escolas municipais estão sendo realocados, por serem ligados a sindicatos, por discutirem política e que na rede estadual estão tentando impedir a formação de grêmios dentro das escolas.
Ela questionou e provocou: “Imagina falar de história da nossa democracia sem poder falar das nossas entidades UNE e UBES? Não tem como estudar nada, sem discutir alguma coisa de política na sala de aula, como ficaria o ensino nas escolas dessa forma?”.
Fotos: Rebeca Belchior – CUCA da UNE
Fonte: UNE

Ciro Gomes e José Cardozo esquentam CONEG com a mesa “Diálogo que nos UNE”

Última mesa do segundo dia do CONEG colocou o golpe no centro do debate e trouxe visões de unidade sobre as saídas para a crise 
A série de vídeos ”Diálogo que nos UNE” saiu do YouTubepara ocupar o auditório da Universidade Paulista, em São Paulo. O ex-ministro Ciro Gomes; o ex-Advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo; o deputado federal Ivan Valente (PSol-SP) e o representante do Partido Pátria Livre (PPL) Márcio Cabreira compuseram uma acalorada mesa de debates na tarde deste sábado (16) durante o 64º Conselho Nacional de Entidades Gerais.
O tema “saídas para a crise” provocou as ideias dos debatedores que expuseram pontos de vistas para a plateia de estudantes de todo o Brasil inquietos com os ataques à democracia no país.
Foi consenso que a unidade deve pautar os próximos passos das forças progressistas para assim poder barrar o golpe e impedir mais retrocessos.
Conhecido pelo tom ácido com que dispara contra os seus amigos e inimigos, Ciro refletiu: “Estamos perdendo a batalha da chama da democracia não só para esse bando de picaretas golpistas, mas para os nossos erros. Precisamos aclarar essa confusão e seguir o rumo da unidade”, disse.
Com a alcunha de quem tem rodado o país para denunciar o golpe e os golpistas, Ciro quer um debate mais profundo sobre a nação. “Não temos como afirmar nada sobre o futuro do país. Nós precisamos conversar sobre o Brasil mais profundamente. É preciso iluminar a confusão de maneira que a gente saia do gueto, de falar o nós, para nós mesmos, e celebrar novamente consensos”, disse.
Para o ex-governador do Ceará, o principal de tudo isso é começar a discutir um novo modelo de desenvolvimento.
“Eu advogo que é o Estado Nacional, recuperado, saneado, restaurado na sua condição de financiamento, o que quer dizer uma batalha política depois da outra. Isso tem a ver com política industrial de comércio exterior, tem a ver com uma política de relações internacionais completamente diferente dessa que está aí. O desenvolvimento que precisa ser criado no Brasil tem a ver com a superação da desigualdade e o investimento em gente, em que o gasto per capita em educação não decline”, pontou.

É GOLPE!

José Eduardo Cardozo, que se destacou na defesa da presidenta Dilma com exposições contundentes e posições jurídicas firmes contra o golpe afirmou que no processo “há uma ilegalidade, há uma ilicitude”. Para ele, “diante dessa situação, é uma desobediência à constituição, uma ruptura constitucional e, portanto, um golpe”.
Para Cardozo, o governo ilegítimo de Michel Temer nasce com o rompimento democrático. “Através de uma situação que é claramente golpista e, além disso, nasce dentro de um projeto conservador negador daquilo que foi aprovado nas urnas nas eleições de 2014”, sentenciou.
“Só a Democracia pode gerar forças suficientes para pactuações, para caminhos que façam com que o Brasil venha a ter novos e melhores momentos”, disse Cardozo. E defendeu que, neste momento, é urgente e necessário a esquerda brasileira ter um projeto de unidade. ‘No futuro, teremos que respeitar as nossas divergências para potencializar de fato a unidade e construirmos algo em comum’’, disse.

GOVERNAR PARA O POVO

O pré-candidato à vice-prefeito de São Paulo, Ivan Valente, destacou que a saída para a crise é atuar na base, aliado às massas. ”É hora da esquerda ser generosa e compreender a gravidade do momento. Talvez a gente tenha pensado que a democracia estava completamente consolidada no país, mas como confiar numa elite retrógrada liderada pela bancada da bala? Não se pode governar sem pressão de baixo pra cima. Precisamos parar de falar com o mercado e focar nos trabalhadores”, avaliou.
Já Cabreira lembrou que as esquerdas precisam se unir para fazer uma transformação. ”Temos que parar de dar dinheiro para as multinacionais. Não dá para fazer uma nação justa aliada a uma política de juros que favorece aos banqueiros. O Brasil pode e deve crescer nesse momento de crise,  mas as alianças políticas precisam ser repactuadas com o rompimento da lógica do capital estrangeiro”, destacou.
Fotos: Rebeca Belchior – CUCA da UNE
Fonte: UNE